Mais um vez o pleito do Fortaleza e outras equipes que disputam a Série C de eliminar o mata-mata não foi aceito pela CBF. A entidade sequer ouviu os argumentos e já apresentou a fórmula, já conhecida, pronta. Dois grupos regionalizados de 10, os quatro melhores do A enfrentam o B em mata-mata ida e volta que já define o acesso e os semifinalistas.

É sempre possível discutir o regulamento, especialmente esse da Terceira Divisão, que é um escárnio – até porque, se quisesse, a CBF faria o campeonato de pontos corridos normalmente porque dinheiro há de sobra – mas não faz sentido o Fortaleza perder tempo ou justificar os anos de falta de acesso em função dele. E o motivo é simples: as regras são postas e conhecidas anteriormente, bastando ao clube mostrar capacidade de adaptação, já que não tem poder para alterar o texto previsto.

Na situação do clube, não há tempo para nenhum tipo de lamento. No retorno de Marquinhos Santos, passado o estadual, a missão é formatar o time para ganhar os pontos necessários para uma das quatro posições do grupo – e tanto faz qual delas seja – e trabalhar demais nas simulações dos jogos decisivos. É o que resta para tentar minimizar a imprevisibilidade dos encontros eliminatórios e cheios de tensão.

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

View All Articles