Ainda envolvido na disputa do título cearense, que ficou mais perto após a vitória no primeiro jogo da final contra o Ferroviário por 1 a 0 – o Ceará tem estreia na Série B marcada para o próximo dia 12, diante do CRB, fora de casa.

Tanto aqui no blog, como nas redes sociais da editoria de Esporte do Grupo O POVO – Instagram, Twitter e Facebook (onde fazemos também o programa Futebol do POVO, ao vivo, terças, quartas e quinta, às 16h20min) a dúvida mais comum versa sobre a capacidade do atual elenco do Alvinegro para disputar a Série B em boas condições. O assunto é mais comentado do que a provável conquista estadual, inclusive.

Costumo separar a resposta em duas partes – sistema defensivo e ofensivo – mas com uma observação preliminar: efetivamente apenas durante as primeiras 8 ou 10 rodadas da Série B – e olhe lá – é que um elenco sabe se está preparado ou não para a competição. Futebol não é uma ciência exata. Com muitas nuances a prática ignora a tese solenemente em diversas situações.

Do ponto de vista defensivo o Ceará vai bem, tanto no aspecto técnico, como no tático. Em 11 dos 19 jogos que o time fez em 2017 saiu sem sofrer gol, número muito relevante (no total, sofreu 9 gols na temporada). Cametá, Rafael Pereira (o líder), Luis Otavio e Romario estão entrosados e em boa fase. Formam uma linha de quatro segura. Raul (jogando demais) e Richardson estão no mesmo caminho. São parceiros ideais e vivem também grandes momentos técnicos e físicos. Como o mecanismo defensivo precisa do time todo, os meio-campistas e atacantes ajudam e não raro forçam saída de bola do adversário e recomposição pelos lados.

Já no sistema ofensivo, não há dúvida que o elenco precisa de reforços que resolvam. Para além de Magno Alves, há carência em atletas com bom poder de finalização. Roberto já chegou e tem potencial para colaborar bastante, em que pese não ser um artilheiro nato. Um outro ponto precisa de melhora imediata: criação no meio-campo. Caso se recupere bem em todos os níveis, Ricardinho será importantíssimo. No caso de Pedro Ken, com boa condição física, tem que atuar como titular o quanto antes para dar real ideia do que pode ou não entregar.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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