Com o PV disponível para jogos oficias e presença de público total, Ceará e Fortaleza já avisaram que vão utilizar o estádio. O Alvinegro pediu a mudança de todos os seus encontros como mandante na Série B para o Presidente Vargas. Evidente que a atitude não significa que todas as 19 partidas serão lá, até porque as mudanças podem ser solicitadas jogo a jogo. O Tricolor também já sinalizou interesse e na mesma proporção requereu que todas as suas partidas na Série C sejam no estádio, que estava fechado desde outubro de 2016.

Os dirigentes alegam – com razão – que os custos da Arena Castelão, com capacidade para 60 mil pessoas – são muito elevados. Como consequência, há perda financeira, especialmente porque os públicos cabem perfeitamente na praça esportiva da Gentilândia (20 mil pessoas) como mostra a tabela abaixo com as médias de Ceará e Fortaleza nas cinco edições mais recentes de Série B e Série C.

Ceará

11.079 – 2016 – segunda melhor
16.221 – 2015 – segunda melhor
11.257 – 2014 – quarta melhor
13.837 – 2013 – terceira melhor
08.853 – 2012 – quinta melhor

Fortaleza

17.385 – 2016 – primeira melhor
18.073 – 2015 – segunda melhor
18.812 – 2014 – primeira melhor
13.385 – 2013 – terceira melhor
14.574 – 2012 – segunda melhor

Evidente que a estratégia de Ceará e Fortaleza está correta. Os clubes podem, inclusive, receber agora propostas mais vantajosas da Arena Castelão, que se vê em uma sinuca de bico. O ideal para os rivais é que eles possam efetivamente escolher o estádio de acordo com a necessidade, afinal, há algumas partidas – poucas – que têm apelo para públicos maiores. Outro ponto relevante é ouvir técnicos e jogadores em relação ao gramado e estrutura. É importante que se faça essa avaliação.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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