Em que pese o Remo ter entrado em campo com sete modificações em relação ao time que foi vice-campeão paraense, era a equipe da casa favorita no confronto diante do Fortaleza, neste domingo, especialmente pela crise que o Tricolor vive. A preparação para a partida foi feita por Paulo Bonamigo, que acabou de chegar ao clube, tentando conhecer um elenco totalmente sem confiança.

Com todo o cenário, entretanto, o Fortaleza não fez uma partida ruim quando se analisa a postura tática de organização defensiva e o objetivo de ter a posse de bola com tranquilidade. Foi possível perceber alguma melhora, ainda que embrionária, fruto de um trabalho que começa no meio do caos. Ocorre que o sistema ofensivo não funcionou. A criação foi mínima, sem coragem, com muitos passes laterais e poucos arremates. Adenilson teve bons primeiros minutos, mas depois errou bastante. Leandro Lima esteve sumido. Cássio Ortega, idem. Everton tentou pela esquerda, mas sem sucesso no passe final, pouco produziu e os laterais não ajudaram com poder de decisão. Assim, qualquer objetivo maior da equipe foi prejudicado.

O empate, entretanto, não seria ruim e o jogo caminhava para tanto – o Remo não jogou bem – e não fosse uma tremenda falha do zagueiro Heitor aos 30 minutos do segundo tempo, o Fortaleza teria trazido um ponto para casa. Ao errar um bote simples, o jogador deixou Edgar livre para invadir a área e sofrer pênalti de Ligger. Acontece. A falta no lance capital não foi por baixo. O pênalti ocorreu em função de um empurrão do zagueiro no veloz atacante do Remo. Nino Guerreiro bateu no meio e decretou a vitória.

No próximo jogo, contra o Botafogo-PB, o Fortaleza vai encarar um adversário melhor. A partida será em casa, mas terá que evoluir se quiser somar pontos.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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