O cenário era diferente, o gramado também – Cametá inclusive reclamou da irregularidade da grama do PV logo no intervalo, algo grave para um estádio que vai receber uma série de jogos – mas os graves erros ofensivos do Ceará se repetiram na segunda partida da equipe na Série B. Depois de perder para o CRB por 1 a 0, fora de casa, o time empatou sem gols diante do Boa Esporte, nesta terça-feira, em seu encontro inicial como mandante na Segundona.

No primeiro tempo o Alvinegro não criou nenhuma oportunidade real de perigo. Muita lentidão, pouca criatividade, nenhum apoio dos laterais, opções diminutas de tabelas ou aproximações entre os setores. Também não sofreu na defesa.

Na segunda etapa o time de Givanildo melhorou nos primeiros 20 minutos. Foi quando apareceram chances evidentes. Uma com Raul (fez ótima jogada, mas exagerou ao ser perfeccionista na conclusão) e outras três com Roberto, que não se omitiu e foi o principal atleta ofensivo da partida.

O Boa Esporte assustou em alguns lances de contra-ataque e a pressão final do Ceará foi o retrato do embate: muita posse de bola (65%) com passes laterais e nenhuma objetividade, em uma noite em que Magno Alves, Alex Amado e Wallace Pernambucano estiveram muito mal.

Em duas partidas na Série B o Ceará não balançou as redes adversárias. Evidente que a competição está no começo e o fato de ter somado um ponto dos seis em disputa não quer dizer muita coisa, mas a baixa produção ofensiva preocupa e já havia indicação deste cenário desde o início da temporada. Falta de aviso certamente não foi. Ainda há tempo para corrigir.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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