O jogo estava longe de estar bom nesta sexta-feira. O Fortaleza tinha a bola e a segurança defensiva, mas nenhuma objetividade ou criatividade ofensiva. No máximo, chutes de fora da área. O Botafogo-PB, pouco interessado em atacar, era ainda pior, mas tinha o mérito de marcar individualmente os atacantes tricolores e estar bem posicionado. As vaias no intervalo retratavam bem o cenário do segundo jogo do Tricolor na Série C.

Então Paulo Bonamigo, já aos 17 minutos do segundo tempo, resolveu arriscar e fez entrar Leandro Cearense na vaga de Everton, em mais uma partida improdutiva do meio-campista. Não que ele não tivesse tentado, por diversas vezes esteve dentro da área e não foi omisso, mas as coisas não têm corrido bem tecnicamente.

Já Leandro Cearense mudou a forma do ataque do Fortaleza. Acerto do técnico, portanto. Mais centralizado, fez o papel de pivô e ajudou a pressionar mais o Botafogo-PB no seu campo defensivo. O gol saiu aos 25 minutos, depois de uma ótima assistência de cabeça de Lúcio Flávio – que também produziu mais após a entrada de Leandro – para Hiago que, esperto, se antecipou diante de um desatento Djavan. O goleiro Michel Alves também falhou na saída e colaborou para a derrota do seu time.

A vitória do Fortaleza após quatro jogos era tudo que o clube precisava para ter uma semana de sossego. Típico caso de resultado que importa, muito mais do que a atuação. Com três pontos em seis disputados, o time vai com mais tranquilidade para encarar o Salgueiro, fora de casa.

Em tempo. O Fortaleza teve um pênalti a seu favor não marcado depois que um defensor do Botafogo-PB assumiu o risco e impediu com a mão que a bola seguisse sua trajetória dentro da área. O jogo estava 0 a 0.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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