Por André Almeida
Quando foi apresentado no Pici, na quarta-feira, 3 de maio, o técnico Paulo Bonamigo sabia que o desafio pela frente era complicado. Ali, provavelmente, nem ele imaginava que exatamente um mês depois estaria comemorando a vitória por 3 a 0 sobre o ASA, no PV, engatando sequência de três triunfos consecutivos, coisa que o Tricolor não havia conquistado na temporada.

Antes de tudo é importante deixar claro que é cedo para pensar em mata-mata ou até mesmo em classificação, então é preciso rechaçar qualquer tipo de euforia. Mas o momento é bom e o treinador tem um início de trabalho melhor que o esperado. Em quase 25% da fase de grupos disputada, o aproveitamento de nove pontos conquistados em 12 disputados é um desempenho animador.

Mais importante que isso é ver que o time está numa crescente. A cada partida, mostra mais organização, intensidade, evolução tática e, acima de tudo, vontade de vencer. O Tricolor da Série C não é aquele apático que foi eliminado em tudo que disputou no primeiro semestre.

Essa mudança é reflexo da confiança que o treinador conseguiu passar ao elenco. Se quando chegou pegou um cenário de terra arrasada, em momento político conturbado, com elenco precisando de reformulação e jogadores abatidos, quem acompanha o dia a dia do clube sabe que o clima no Pici hoje é outro.

Com seis gols marcados e só dois sofridos em quatro jogos, o Fortaleza vai mostrando equilíbrio necessário para o restante da competição e vai dando mostras que está conseguindo se reestruturar para ao menos lutar pelo acesso e assim tentar salvar o ano.

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

View All Articles