Pelo menos nas primeiras reações tudo indica que o futebol pernambucano ficará sozinho nessa queda de braço contra a Liga do Nordeste. Dirigentes de Ceará e Fortaleza confirmaram ao O POVO que não têm objetivo de rompimento. O Bahia, muito próximo do Esporte Interativo, atual detentor dos direitos da Copa do Nordeste, também já havia dito que não tinha qualquer interesse.

Agora foi a vez do Vitória, outro importante clube da região. Da Bahia, o presidente Ivã de Almeida mandou avisar: “Vamos cumprir todos os nossos contratos que firmamos para a disputa de competição em 2018. “Nos últimos anos, o Nordestão vem ganhando musculatura e apelo junto à torcida. Mas é inegável que uma saída dos times pernambucanos prejudicaria essa musculatura. É preciso negociar”.

Sem Sport, Náutico e eventualmente o Santa Cruz, a Liga perde força. Mais do que isso, perde participação de torcedores nos estádios e relevância história e técnica, não há dúvida alguma, mas as permanências de Ceará, Fortaleza, Bahia e Vitória dão ainda fôlego para a instituição tentar renegociar com pernambucanos ou tocar o barco da melhor forma possível sem eles.

A pressão do Sport, especialmente, pode eventualmente ser quebrada. O futebol é dinâmico demais e os interesses, também.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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