Após anunciar o desejo de não mais fazer parte da Liga do Nordeste e abrir mão da vaga para a Copa do Nordeste em 2018, a diretoria do Sport segue firme no discurso de que não vai voltar atrás. Nem as manifestações dos principais clubes da região – sejam coletivas ou individuais – fazem o representante pernambucano líder da tentativa de debandada geral parecer mais maleável ou disposto a negociar. Por enquanto, apenas o Náutico apoiou o rubro-negro.

Certamente o Sport não mostrou todas as cartas na mesa, portanto, internamente seus dirigentes devem saber qual benefício o clube terá com tal atitude. Só não contam para ninguém. O que é possível saber é que, ainda que o Santa Cruz fique ao lado dos seus conterrâneos (a diretoria estrategicamente está calada), os pernambucanos não vão conseguir fazer uma outra competição, a não ser que participem de alguma a ser criada com clubes de outras regiões, algo que parece improvável neste momento.

Nos bastidores as versões são variadas. Uma que ganha força é a seguinte: fora da Copa do Nordeste a partir do ano que vem, Sport e Náutico terão cota aumentada pela participação no estadual – há contrato com a Rede Globo – como forma de compensação.

Após o anúncio dos times do Recife, muitos clubes já mostraram apoio ao formato atual da instituição Liga do Nordeste, competição que tem o Esporte Interativo como detentor dos direitos até 2022: Vitória, Bahia, ABC, Botafogo-PB, Confiança, Ceará, Treze, CRB, CSA, Fluminense de Feira, América-RN e Fortaleza.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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