Um Castelão para 20.062 pagantes – renda de R$ 143.257,00 – viu nesta sexta-feira um jogo tecnicamente fraco entre o líder da Série B, o América-MG (45 pontos), e o agora quinto colocado da competição, o Ceará (38 pontos). Nada surpreendente num torneio que raramente mostra bons confrontos, mas o 1 a 1 certamente foi mais prejudicial para o Alvinegro, que ainda ouviu vaias logo após o apito derradeiro do árbitro no gramado.

A equipe comandada por Chamusca jogava em casa e tinha o placar a seu favor até os 31 minutos do segundo tempo  – gol de Elton, belo passe de Romário – mas uma falha grave determinou o empate americano. No seu campo defensivo, Lima errou ao decidir tocar a bola para trás na direção de Luiz Otávio. Sem habilidade e cercado por três jogadores adversários, o zagueiro – que vive má fase técnica – errou passe e serviu o ataque do América-MG até Edno acertar bonito chute.

Evidente que esse não foi o único demérito do Ceará na peleja. O time poderia ter cuidado melhor da bola, mas algumas peças ofensivas voltaram a falhar muito, casos de Pedro Ken, Lima e depois Cafu. Defensivamente, entretanto, a postura tática era boa, mas a trapalhada ajudou a determinar a perda de dois pontos.

Do outro lado, a comissão técnica do América-MG se saiu bem nas substituições. Enderson Moreira tomou decisões melhores do que as de Chamusca na segunda etapa e teve mérito na igualdade porque transformou um time que só fazia lançamentos longos em uma equipe de mais trocas de passes e pressão na marcação.

Com 52% de posse de bola, o Ceará finalizou 15 vezes, mas 10 foram sem direção. O América-MG finalizou em 9 oportunidades, mas sete de forma errada. Não é por acaso que a Série B 2017 é a de pior média de gols da história dos pontos corridos.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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