Três pontos bem importantes o Ceará somou neste sábado na Série B. A vitória sobre o Brasil por 2 a 1, pela primeira vez de virada nesta Série B, no Castelão, mostrou um time com autoridade e capacidade de reação no segundo tempo, se recuperando de uma atuação ruim da etapa inicial quando saiu perdendo por 1 a 0, gol de Misael (lei do ex, sempre ela). No total, foram 63% de posse de bola, 400 passes trocados e 19 finalizações, números que mostram como um mandante deve se portar.

A entrada de Ricardinho no lugar de Lelê, no intervalo, foi fundamental, mas a postura geral de todos os setores do campo melhorou. Com 41 pontos, o time está em quinto lugar e dista apenas um ponto de G-4. Está muito na briga pelo acesso.

Não foram poucas as vezes que Marcelo Chamusca defendeu o esquema tático do Ceará com dois jogadores velozes pelo lado (Lelê, Cafu e afins) e um centralizado.  O argumento, coerente, apontava para a evolução da equipe desta forma – os números são evidentes – porque apesar de tecnicamente os jogadores serem bem limitados, faziam um trabalho intenso de perseguição aos adversários pelo campo todo.

Um dos efeitos colaterais da escolhas de Chamusca era a não utilização de Ricardinho, mas a partida deste sábado mostrou que o jogador não pode ficar de fora e tem condição de atuar ao lado de qualquer outro atleta. E não foi apenas pelo gol da vitória, mas por toda a dinâmica apresentada, capacidade de passes e finalizações, ou seja, qualidade de jogo.

Na terça-feira que vem, no Recife, contra o Santa Cruz, o Ceará entra em campo mais uma vez. Oportunidade para voltar ao G-4. E a torcida, que foi reclamar no meio da semana porque queria Ricardinho como titular, tinha toda razão. E aguarda o ídolo em campo mais uma vez.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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