A gratidão, quando genuína, é dos sentimentos mais nobres que o ser humano pode ter. E o atual elenco do Fortaleza, vice-campeão da Série C, merece ser reconhecido por torcedores e diretoria como aquele que conseguiu tirar a equipe da terceira divisão do Campeonato Brasileiro após oito anos, atuando com extremo comprometimento e raça, primeiro sob o comando do técnico Paulo Bonamigo, depois com Antonio Carlos Zago.

Os dirigentes do Tricolor, entretanto, não podem ficar apegados a isso no momento do planejamento e montagem do elenco para a próxima temporada. Desde 2010 jamais um elenco do clube foi tão criticado e a razão é clara: tecnicamente há muitos problemas em todos os setores do campo – não apenas no ataque – e a mudança, diante de desafios mais complicados terá que ser radical. Marcelo Boeck, se puder e quiser ficar, é unanimidade única para seguir entre os titulares. Felipe, Adalberto, Ligger, Anderson Uchoa, Edimar e Bruno Melo são jogadores que apresentaram condições de permanência para composição de elenco.

Quando olharem para frente, então, os dirigentes tricolores vão se deparar com uma Série B em que o Fortaleza terá adversários muito mais preparados. No ano do centenário ao menos a manutenção do clube sem sustos na Segundona é essencial. Será preciso, além de senso crítico e serenidade, muita frieza e racionalidade.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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