Não é possível fazer futebol de forma irresponsável do ponto de vista financeiro (e de nenhum outro). A diretoria do Fortaleza conhece muito bem tal necessidade, até porque tem convivido com problemas ano após ano, especialmente pelo tempo de Série C.

Ao fazer uma proposta para Jonatas Belusso, o clube mostrou o limite que poderia pagar para um atacante – no máximo R$ 70 mil para o Campeonato Brasileiro da Série B) – mas não foi suficiente para o jogador, que gostaria de receber vencimentos em torno de R$ 100 mil.  Está tudo dentro do direito de livre negociação e interesse mútuo. É apenas assim que se assina um contrato, quando todas as partes ficam satisfeitas.

Aos 29 anos, o atacante teve dois bons anos na carreira: em 2015, atuando pelo Gangwon, da Coreia do Sul – e em 2017, pelo Londrina, deixando o time como artilheiro da Série B no meio da competição para atuar no exterior. Belusso sabe que é o momento de ganhar o que considera justo e vai procurar quem possa pagar o que ele deseja. É legítimo.

A contratação do paranaense seria uma boa aposta para o Fortaleza – e os torcedores podem eventualmente se chatear pela não chegada do jogador – mas cara demais diante das possibilidades e do planejamento responsável que foi traçado, inclusive agora com o acompanhamento de uma consultoria profissional. O clube até poderia pagar o desejado pelo aleta, mas não dá para arriscar desta forma.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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