Chamusca observa o Ceará. Foto: Mateus Dantas

A decisão da comissão técnica e da diretoria do Ceará de levar o time titular para a partida única contra o Brusque, na quarta-feira que vem, estreia da equipe na Copa do Brasil, obedece a uma lógica evidente: prestígio da competição, visibilidade e dinheiro.

Apenas de cota, caso elimine o Brusque – o que ocorre vencendo ou empatando – o Alvinegro, que está no grupo II da divisão tabelada e imposta pela CBF e emissoras de televisão detentoras dos direitos – receberá R$ 950 mil. Trata-se de um valor relevante, capaz de cobrir cerca de 70% da folha de pagamento mensal do clube.

Sobre prestígio e visibilidade, o Ceará vai disputar a Série A em 2018 e em busca de se tornar mais do que uma força estadual e regional, é preciso conseguir resultados significativos em torneios nacionais. Ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, como ocorreu no ano passado, vai na contramão de qualquer curva de crescimento.

A viagem até o interior de Santa Catarina é longa e, apesar de não ser desconfortável, desgasta, algo que se soma ao calendário pesado deste começo de temporada. Na semana que passou, por exemplo, o Alvinegro conquistou três vitórias seguidas num período de seis dias. Jogar de forma inteligente e dosar o preparo físico será fundamental.

O Brusque mandou embora o técnico Picoli após três rodadas do Campeonato Catarinense e contratou Pingo, que já tinha passagens pelo clube. Agora, após seis rodadas, ocupa a quinta colocação, com oito pontos ganhos depois de duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Marcou sete gols e sofreu seis.

O adversário do classificado entre Ceará e Brusque está definido: o Londrina, que eliminou o Real Desportivo, de Ariquemes-RO.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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