Foto: Mateus Dantas / O POVO

Arthur e o Ceará ainda não chegaram a um acordo para a renovação do contrato do atacante, que vence em julho de 2019. Na semana passada representantes do atleta e diretoria do clube se reuniram pessoalmente em Fortaleza e ficou constatada mais uma vez que a diferença salarial do que oferece o Alvinegro em relação ao desejado pelo jogador é significativa. Outros dois pontos também foram discutidos: tempo do compromisso e critérios de produtividade.

Arthur recebe salário ainda do contrato que fez como jogador das categorias de base, cenário absolutamente normal de quando ele assinou seu primeiro compromisso profissional. É um dos menores valores do atual elenco, cerca de dois salários mínimos e meio. O Ceará ofereceu um salário bem mais robusto, mas ainda é cerca de 55% do que os representantes e o atleta entendem como justo, até pelo desempenho de Arthur na temporada, artilheiro do time e com consulta do Brasil e do exterior.

Outro ponto que os empresários de Arthur rechaçam é a colocação de cláusula de produtividade no contrato. Eles querem um salário fixo por mês, sem que gols marcados e minutos em campo sejam critérios para aumentar os vencimentos do jogador de apenas 19 anos.

Um assunto que avançou: o atleta entendia que um novo contrato deveria ser assinado até o fim de 2020, mas a diretoria do Ceará deseja que seja até 2021. Caso o Alvinegro chegue na proposta salarial desejada, os representantes do jogador aceitam o compromisso até 2021.

Caso não renove seu contrato, Arthur ficará com um salário muito baixo até julho do ano que vem, mas poderá sair sem que o clube receba indenização, recuperando em luvas e salários em outra equipe o que deixou de ganhar no período. No caso do Ceará, com a renovação, o clube teria a certeza de contar com um bom atleta por mais quatro anos e com chance de ser indenizado se algum clube quisesse contratá-lo.

Uma nova conversa entre as partes está marcada para este semestre. A multa contratual de Arthur hoje é de R$ 6 milhões para o exterior e o Ceará tem 70% de seus direitos econômicos. Para o mercado brasileiro, por lei, a multa gira em torno de R$ 3,5 milhões.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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