A derrota para o Inter por 1 a 0, no fechamento da 14ª rodada da Série A, mostrou mais uma vez o grave problema do sistema ofensivo do Ceará.

Ainda que fazendo uma partida apenas razoável, o Inter não foi incomodado pelo Alvinegro. As nove finalizações do time (quatro certas e cinco erradas) ou não assustaram por incapacidade técnica ou foram tentativas aleatórias sem nenhum preparo, troca de passes ou jogadas ensaiadas.

Se o trabalho de Lisca apareceu na organização defensiva e compactação do meio-campo marcador com a linha de quatro defensores, não há sistema tático que consiga superar a falta de qualidade dos jogadores de criação, incluindo também os laterais. O time até mostra capacidade para se fechar e tomar a bola, mas não tem qualidade para sair nos contra-ataques e criar oportunidades em função dos erros dos adversários.

A situação, portanto, é bastante complicada, especialmente porque Lisca terá que testar alternativas diferentes para a equipe somar vitórias, mas vai seguir esbarrando no baixo poder ofensivo do elenco.

Com oito pontos em 42 disputados e 19% de aproveitamento, o Ceará vê o primeiro time fora da zona de rebaixamento, o Vitória, com 35,7% de aproveitamento, dados que mostram o óbvio: para ter boas chances de não cair para a Série B, o Alvinegro terá que somar pelo menos metade dos 72 pontos que ainda tem em disputa, algo, por exemplo, como 12 vitórias nas 24 partidas ou 10 vitórias e 6 empates.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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