Foto: Mateus Dantas / O Povo

Edson Cariús tem 29 anos, já trabalhou colhendo milho, vendendo moto e começou a carreira no futebol tardiamente, aos 23 anos, no Iguatu, depois de pensar que nunca mais teria oportunidade. Em 2018, chegou o ano especial. Com 11 gols, é o artilheiro da Série D e de toda as divisões do Campeonato Brasileiro pelo Ferroviário. Com ele, o Tubarão da Barra conseguiu o acesso para a Série C 2019, conquista tida como a principal do clube pelos próprios historiadores do time. No sábado, encara o Treze, em Campina Grande, na finalíssima do torneio. No primeiro jogo, o Ferroviário venceu por 3 a 0, no Castelão e ele foi fundamental com um gol e uma assistência.

O repórter Lucas Mota esteve nesta quarta com o atacante, preparando um material especial da temporada do Ferroviário. O conteúdo, robusto, será disponibilizado nos próximos dias, mas separamos três respostas exclusivas para o Blog.

Qual foi o momento que você teve o sentimento de que o time iria longe na competição?

O momento que vi que a gente ia chegar foi a partir do jogo contra o Altos. A gente empatou em 1 a 1 aqui e chegou lá no interior do Piauí e fez um grande jogo, eu conversava com amigos e falava que a gente iria chegar e subir esse time porque a gente viu o quanto a gente se fechou e as coisas aconteceram. A partir daí a gente viu que poderia chegar. E foi passando de fase, alcançando coisas maiores e as esperanças foram aumentando. Até que a gente conseguiu o acesso depois de muito tempo.

O que representa essa temporada na sua carreira? O que mudou na sua vida?

Comecei bem no Floresta. Quando tive a oportunidade de vir para o Ferroviário, tinha até outras propostas melhores, mas acabei vindo porque é um time que tem história e peso na camisa. Eu imaginava isso que está acontecendo, de fazer uma grande temporada com o Ferroviário e uma grande participação na Série D para as coisas acontecerem de forma positiva. Tudo que imaginei está acontecendo. O Ferroviário foi tudo pra mim. A partir deste momento, minha vida irá mudar.

No 1º jogo da final, você deu uma assistência e fez um gol. Conseguiu dormir depois daquela atuação?

Fui dormir às 5h30min da manhã (risos). Vivenciar uma final de Campeonato Brasileiro e ajudar a equipe a fazer um grande jogo, fazendo gol e dando passe, é muito gratificante. Você para pra pensar e imagina se realmente está acontecendo ou se está sonhando. Mas quando abre os olhos, vê que é realidade.

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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