Pontos corridos não tem muita conversa: todos os jogos valem a mesma coisa do ponto de vista matemático. Não dá pra negar, mas alguns jogos ganham relevância especial e certamente é o que vai ocorrer com esse Ceará 2×1 Atlético-MG, principalmente se o Alvinegro conseguir o que hoje é o mais provável: permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro.

Com os três pontos conquistados nesta segunda, o Ceará chegou aos 37 e assumiu a 13ª colocação, melhor da temporada na Série A; o time abriu três pontos da Chapecoense, primeiro time da zona de rebaixamento e assumiu a quinta colocação no segundo turno, agora com 21 pontos, com 6 vitórias e a quarta melhor defesa (sofreu 10 gols). É uma recuperação absurda levando em conta o que o time fez antes da Copa do Mundo, quando somou cinco pontos nas primeiras 12 rodadas.

Mais uma vez o elenco do Ceará deixou tudo que podia no gramado do Castelão. É motivo de orgulho para uma torcida que compareceu (mais de 37 mil pessoas) e exige sempre, com razão, total comprometimento dos atletas. Taticamente foi uma equipe que tomou a iniciativa e concentrada, mas optou por se defender nos 20 minutos finais, opção arriscada de Lisca, mas que deu certo porque o sistema defensivo é que o Alvinegro tem de melhor.

Coletivamente, de novo, a engrenagem funcionou. Individualmente é possível citar Everson, Tiago Alves, Luis Otávio e Leandro Carvalho (perdeu um gol inacreditável, mas se recuperou marcando o da vitória), mas nenhum atleta jogou mal.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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