Gustagol é o artilheiro do Fortaleza na Série B. Foto: Fábio Lima/O POVO.

Uma mudança importante de patamar financeiro vai ocorrer no Fortaleza, agora com o acesso confirmado para a Série A. Eis, portanto, o grande desafio da atual diretoria, que é preparar o clube em todos os setores para a primeira divisão sabendo aplicar a receita recorde, que deve passar de R$ 60 milhões – em 2018, o faturamento programado foi de R$ 24 milhões.

O Tricolor já tem um contrato assinado com o Esporte Interativo (Turner) desde 2016 – para exibição em TV fechada – que garante R$ 9 milhões por ano a partir de 2019 pelos critérios adotados.

Neste ano também o clube fechou compromisso com a Rede Globo de 2019 até 2024 para exibição de suas partidas em TV aberta, pay-per-view e internet. O valor não foi divulgado oficialmente, mas o Blog apurou que o mínimo garantido foi de R$ 21 milhões anuais (mesma situação do Ceará caso o Alvinegro permaneça na Série A em 2019), correspondente aos valores divididos igualmente entre todos os clubes, exibição na grade da TV Globo Pay-Per-View e desempenho ao final da competição.

Assim, só de direito de TV por estar na Série A o Fortaleza teria no mínimo R$ 30 milhões, com potencial de aumentar dependendo das circunstâncias. Há cotas da Copa do Nordeste e também da Copa do Brasil (o time entrará nas oitavas de final).

O aumento do valor do patrocínio da Caixa em caso de acesso e um novo contrato de venda dos jogos da primeira divisão para serem exibidos no exterior também estarão na pauta. Essas duas verbas têm potencial de alcance de R$ 10 milhões juntas.

O programa de sócio-torcedor também tem crescido em proporções relevantes. Já são 23 mil participantes ativos e pela perspectiva de crescimento – 35 mil sócios até maio de 2019 – a receita com o programa certamente vai passar de R$ 10 milhões por ano. Isso, evidente, sem contar o arrecadado por jogo. Com a equipe na primeira divisão, não será difíceis as rendas milionárias.

Outra verba importante – que o Fortaleza já tem conseguido – é com a venda do material esportivo com a marca própria do clube. Como o Blog contou com exclusividade, em 2019 o valor esperado será por volta de R$ 5,5 milhões. Para o ano que vem, o dobro disso é esperado.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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