Reprodução de imagem da TVC

Se aprendemos algo nesta temporada, independente dos números, é que o sistema defensivo do Ceará, oriundo desde o bom desempenho na Série A do ano passado, é mais forte técnica e taticamente do que o do Fortaleza. Da mesma forma, aprendemos que o setor ofensivo do Fortaleza tem mais talentos individuais e força do que o do rival.

Dessa disputa principal das qualidades mais relevantes de cada sairá o dono da taça de campeão cearense. No primeiro confronto, o que o Tricolor tem de melhor levou vantagem sobre o Alvinegro. Apesar do Ceará ter finalizado mais (13 contra 10), o poder de decisão de Osvaldo e Edinho fez a diferença diante de uma defesa que esteve longe de seus melhores dias.

O primeiro gol retrata bem o resultado do duelo.

Juninho não acerta a cabeçada como deveria. Araruna, atento, se antecipa ao meio-campista Fernando Sobral, rola pra Wellington Paulista, que acerta ótimo e ágil passe para Osvaldo de pé esquerdo. Enquanto isso, Edinho está correndo para a área, sozinho; apenas os dois na jogada contra sete atletas de linha do Ceará, além do goleiro Richard. Três jogadores (Tiago Alves primeiro, depois Samuel Xavier e em seguida Fabinho) cercam Osvaldo, mas nenhum consegue dar o bote necessário; Edinho está cercado por três atletas (Juninho, Luiz Otávio e Carleto, com Fernando Sobral também chegando), mas nenhum tem a iniciativa de marcar o atacante do Fortaleza como deveria.

Assim foi construído o primeiro e mais importante gol do jogo, o da vantagem inicial que permitiu mais tranquilidade ao time comandado por Rogério Ceni. Contra-ataque competente, mas na fase final eram apenas dois jogadores do Fortaleza contra sete do Ceará. É algo que precisa ser observado de forma incisiva, pelos dois lados.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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