Marcelo Paz e Rogério Ceni comemoram título no Castelão. Foto: André Almeida / O POVO

Do anúncio oficial da contratação de Rogério Ceni (10 de novembro de 2017) até o domingo, 21 de abril, se passaram 527 dias. A continuidade, portanto, é a palavra que melhor retrata o momento recente do Fortaleza. Se o trabalho no estadual 2018 não foi bom, o título da Série B com uma campanha abarrotada de recordes reuniu méritos de uma boa condução da diretoria que deu boas condições ao elenco e de uma comissão técnica comandada por um treinador que precisava retomar a carreira e colocou em prática ideias jamais vistas no clube, tanto em estrutura, como em mentalidade, disposição e jogo ofensivo taticamente.

Assim, o que deu certo ano passado foi mantido em 2019 e por mais que novamente a equipe tenha tido falhas no estadual na segunda fase – correu risco desnecessário de ficar de fora – venceu duas vezes o Guarany de Sobral nas semifinais e duas vezes o Ceará nas finais com muito mérito, sendo dominante fisicamente, tecnicamente e taticamente.

Depois de muitos anos na terceira divisão do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza vive tempos marcantes, até porque também há a semifinal da Copa do Nordeste pela frente, diante do Santa Cruz. São tempos, além de bons, velozes, como são os atacantes Edinho e Osvaldo, símbolos do título estadual 2019. São tempos felizes para o torcedor tricolor, como quando a bola toca os pés de Felipe, a cabeça de Quintero ou as mãos de Felipe Alves.

A arquibancada vibra e nos 17 meses de convívio com Rogério Ceni construiu uma relação de admiração mútua. O técnico e o clube vivem uma relação ímpar de benefícios trocados. Aconteça o que acontecer, já está na história centenária do Fortaleza.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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