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Em tempos de Snapchat, Instagram, Facebook e outras ‘medias’, os programas precursores das mídias sociais acabaram sendo esquecidos. O Identidade digital rememorou 4 redes sociais antigas que já fizeram muito sucesso, mas que hoje em dia já não são muito conhecidas, ou nem existem. Veja no novo vídeo…

Então, você já ouviu falar no mIRC?

Se você tem mais de 20 anos e é da época em que era normal esperar até meia noite pra gastar apenas um pulso com internet discada, você já ouviu falar do mIRC. Caso não, saiba que este software é o pai ou a mãe dos aplicativos de conversas instantâneas atuais.

Após o download, os usuários criavam um nickname e escolhiam uma sala, chamada de canais, que eram organizadas por algum interesse, como assunto, lugar etc.

No canal todo mundo conversava ao mesmo tempo e, caso houvesse interesse, você podia chamar o coleguinha para uma conversa privada. O aplicativo já disponibilizava o compartilhamento de arquivos, mas na época dos modems 56 kbytes, era preciso – muita – paciência para receber, até mesmo, uma simples foto.

Os usuários também não possuíam avatar, ou seja, pra saber como era a pessoa do outro lado da tela era necessário partir da imaginação. “Como você é? Qual a cor dos seus olhos? Sua altura? Seu peso?”.

O mIRC está disponível até hoje, mas no início dos anos 2000 ele perdeu a força, o que deu espaço a outros programas semelhantes, como o Windows Live Messenger.

Popularmente chamado de MSN, o programa foi desenvolvido em 1999, mas o maior pico de sucesso foi em 2008, quando foram registrados mais de 3 milhões de downloads em um só mês.

Já com a possibilidade de ter uma foto de identificação, ŋĭςҠ∩Δɱє personalizado, compartilhar fotos, jogar online, vídeos e figuras animadas, ainda era possível fazer chamada de vídeo. “Você tem cam?”, ficava o questionamento. Mas o M A I O R BARATO do MSN era poder chamar a atenção do coleguinha.

Era prazeroso incomodar alguém ao fazer a telinha tremer. Outra saudade que o aplicativo deixou é a de ser invadido por um ‘SMACK’ ou outros desenhos gráficos animados seguidos de um som, os chamados sticks, que também faziam sucesso.

As facilidades do uso do Skype fizeram com que o MSN entrasse em desuso e fosse desativado em 2013. Ficou a saudade de esperar ansiosamente aquela janelinha subir notificando que o/a crush – o termo ainda nem existia – estava on-line.

Mas nem só de conversa e texto (os blogs já faziam sucesso) queria viver o indivíduo da web no início dos anos 2000. Em 2002 surge o progenitor do Instagram: O FOTOLOG.

Diferente do que conhecemos hoje na rede administrada pelo Zuckerberg, o FOTOLOG não possibilitava marcar amigos nem curtir fotos. O ‘marketing pessoal’ da época ia somente até a postagem de fotos e a possibilidade de comentá-las, assim como um post de blog. Quem queria se tornar popular na rede inventava possibilidades.

Se você usou FOTOLOG você sabe bem o que é comentar: “Ficou lindo, amigo! Passa no meu e comenta ;)”. Troca de comentários é a vanguarda dos “Segue? Sigo de volta” e “Troco likes”.

Em 2016 o site saiu do ar repentinamente com a memória de todos os usuários, mas  foi reativado após movimento no twitter. Caso você queira ter um FOTOLOG ou acessar fotos antigas de outros usuários é só entrar no site e se cadastrar.

Mas os usuários queriam mais. Ainda querem.

Um engenheiro do Google chamado Orkut Büyükkökten teve a brilhante ideia de começar a compilar todas as funcionalidades em um só lugar, criando uma rede em homenagem a si, o Orkut.

Ainda que incompleta, a novidade atraia por possibilitar interações entre os usuários de maneira diferente. Afinal, quem não gostava de ter o ego massageado com uma classificação “90% confiável, 90% legal e 95% sexy”?

Para além das famosas e desejadas classificações, o Orkut surgiu com uma proposta diferente dos comunicadores de mensagem instantânea e blogs fotográficos.

As interações entre os usuários ficavam nas fotos pessoais, nos depoimentos, nos scraps, nas comunidades e nos fóruns.

Para quem gostava de explorar as possibilidades do site, a aventura era garantida e ariscada. Nem sempre era possível stalkear – outro termo futurista para a época – em modo anônimo.

O Orkut mostrava ao usuário quem tinha visitado a sua página nos últimos sete dias. Com o tempo as atualizações do site possibilitaram interações a partir de jogos e, só depois, os desenvolvedores disponibilizaram a opção de bate-papo, mas aí o Facebook já começava a sublimar o finado Orkut.

Em setembro de 2014 o Google aceitou o lugar no flop e desativou definitivamente a rede social.

Então, Facebook, qual seu medo?

Não esqueçam de ver o vídeo.

About the Author

jorgeluisvidal

BRASILEIRO, daqueles do Brasil. Estampado. Encantado com jornalismo, resolveu fazer publicidade e virou Social Media do O POVO. Tem um relacionamento sério com o instagram (@soujorge), mas às vezes pula a cerca com o Facebook. Aficcionado por viver o digital e o analógico ao mesmo tempo.

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