“Nunca vi uma ação tão criminosa. É uma coisa terrível”. O desabafo foi feito ao Blog pelo presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sindiônibus), Dimas Barreira. “Da última vez que queimaram nove ônibus foi em uma onda de ataques que durou três dias. Desta vez, fizeram isso em uma hora”.
Até o começo da noite houve 14 ataques. Seis com Perda Total e oito com prejuízos parciais. Todos do sistema regular. Houve ataque também a carro de patrulhamento de trânsito do município de Caucaia.
Agora há pouco ele afirmou ter recebido apoio da Secretaria da Seguranças, mas revelou temer pela capacidade de proteção. “Estamos tentando retirar as pessoas e levar para os bairros enquanto preparamos a retomada da normalidade. Muitos funcionários não vêm para a garagem ou se recusam, mas com certa razão. Creio que já nesta madrugada estará tudo normal”
Um ônibus custa R$ 365 mil. O pior, diz Dimas, “é que muitas vezes a empresa não está num momento capaz de fazer essa aquisição”. O prejuízo é rateado entre todas as filiadas ao Sindicato.
Dimas afirmou que se a licitação fosse hoje só entraria se pudesse cobrar um extra por este risco. A sensação entre os empresários de ônibus de Fortaleza, segundo ele, é de impotência.