Fortaleza – Desde a postagem feita na noite de segunda (24) sobre a paralisação dos alunos do Curso de Odontologia da UFC, a caixa de comentários do Blog recebeu dezenas de mensagens- anônimas ou não. Em sua imensa maioria discordantes. E também agressivas e pessoais. Foram todas postas na lixeira.

Mas também recebeu uma nota intitulada “Odontologia: alunos não lutam Contra a UFC, mas pela UFC!”.

Antes da nota, um comentário. A luta dos estudantes hoje é inócua. A Universidade não tem como atender o que eles pedem. Cabe à UFC esticar a corda com o mercado (de poucos) e fazer a melhor licitação possível, mordendo quem lhe tenta sangrar as gengivas e os cofres. Parar o Curso inteiro,como os alunos fazem,não fortalece a Universidade. Muito pelo contrário, a enfraquece.

Pois bem, o texto enviado afirma que o Curso é referência em todo o Nordeste, mas que está difícil manter a qualidade. Aponta a falta de recursos.

Concorda: “De fato, a administração e os alunos querem o mesmo: a melhor formação e o melhor serviço para a comunidade!”.

Discorda:”Contudo, discordamos em um ponto: o que os estudantes reivindicam são condições mínimas para que esses atendimentos sejam realizados com qualidade e segurança”

Prossegue: “Atualmente, o curso de Odontologia UFC-Fortaleza, conta com cerca de 83 cadeiras odontológicas, das quais 51% se encontram inoperantes, inviabilizando o atendimento e o aprendizado por parte dos estudantes.”

Segue: “É importante salientar que o atendimento odontológico, diferindo de outros serviços de saúde, é dependente do correto funcionamento dos equipamentos e recursos técnicos, não bastando apenas a força de vontade de estudantes, professores e funcionários.”

Acrescenta: “Assim como a Universidade, zelamos pelo dinheiro público e temos conhecimentos sobre os processos burocráticos para um novo contrato de manutenção.”

Afirma: “Diante desse fato, os estudantes de Odontologia decidiram lutar junto à Universidade para elucidar essa situação de maneira que o exercício das atividades discentes não seja comprometido, tampouco os serviços prestados à população”.

Argumenta: “Portanto, os estudantes, que convivem cotidianamente com essas situações adversas desde salas de aula desprovidas de equipamentos fundamentais para ministração de aulas teórica, além de clínicas com equipamentos em sua maioria inoperantes, viram-se obrigados a paralisar os atendimentos, antecipando uma paralisação iminente pela sobrecarga dos equipamentos remanescentes”.

Alega: “A dor do paciente não está sendo negligenciada. A maior preocupação do movimento é solucionar esses entraves técnicos e garantir um atendimento digno e uma formação de qualidade para os futuros profissionais”.

Paralisa: “Por fim, é válido ressaltar que a paralisação é ativa e conta com um cronograma de atividades, disponível na página do Facebook: Greve Estudantil – Odontologia UFC.”

 

 

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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