Fortaleza – O fotógrafo paraense Gabriel Chaim diz que fotografar guerra é o que mais sabe fazer, mas antes fotografava comida.
Durante cerca de 90 minutos, ele apresentou alguns trabalhos e conversou com a plateia no Museu da Fotografia. O Museu exibe trabalhos de Chaim na mostra “Na linha de frente”, com imagens de países em conflitos armados.
Em 2011, ele começou a fotografar pratos em Dubai. Era um tempo em que estudava gastronomia. A guerra começou a ser a pauta da vida quando começou a fazer o projeto Kithen4life.
O projeto era fotografar a comida de quem não tinha nada para comer.
Em 2013 ele passou a cobrir o conflito sírio. Chaim chegou a ficar preso por sete dias na Turquia com membros do Estado Islâmico na mesma cela.
Ele contou que em 2014 fotografou uma moça refugiada com queimaduras por ácido, em Guarulhos (SP).
A foto saiu no site G1 sem maiores repercussões no Brasil. Depois ele teve a imagem exposta em Londres.
O jornal inglês The Guardian publicou matéria sobre a exposição e uma organização pagou cirurgias plásticas e tratamento para a moça.
Hoje ela mora na Alemanha. A foto está no acervo do Museu da Fotografia.