Fortaleza – A Vulcabras Azaleia fechou 2017 com alta nos principais indicadores – como receita, lucro líquido e Ebitda – ante 2016. A receita, de R$ 1.263,1 milhões, cresceu 11,4%. Já o lucro líquido, de R$ 188,9 milhões, teve expansão de 429,1%. O Ebitda, de R$ 296,5 milhões, subiu 59%. A margem Ebitda atingiu 23,5%, o maior do setor calçadista. O resultado é emblemático na história da companhia.
De 2012 à metade de 2015, a empresa se reestruturou. Declara foco na gestão de marcas próprias e inteligência de mercado. A marca própria Olympikus briga com marcas globais e líder de vendas de tênis no Brasil (dado de Kantar Worldpanel), como afirmou em comunicado o CEO, Pedro Bartelle Grendene – sim, irmão de Alexandre Grendene, dono da Grendene.
“A Azaleia, uma das marcas mais queridas do público feminino, passa por reformulação e reposicionamento de mercado, cujos resultados são aguardados para os próximos meses”, diz o comunicado.
Em outubro, a companhia passou a integrar o Novo Mercado, segmento que reúne as empresas de mais elevado padrão de governança, e movimentou R$ 686,45 milhões em uma operação de follow on.
No Nordeste, o chão de fábrica
São mais de 1.000 modelos desenvolvidos por ano e mais de 15 mil funcionários distribuídos em cinco unidades no Brasil. Uma das unidades é no Ceará. Fica em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Além de Horizonte, Itapetinga-BA e Frei Paulo-SE. Já o centro de desenvolvimento segue no Rio Grande do Sul, em Parobé. O centro administrativo fixa em Jundiaí-SP. Tem ainda duas filiais/centros de distribuição no Peru e na Colômbia.
Ou seja, no Nordeste ficam as etapas de menor valor agregado. O chamado chão de fábrica, com mão de obra pouco qualificada e com salários menores.
A empresa tem 66 anos de mercado. Atua com três divisões de negócios: uma esportiva, com Olympikus e OLK; uma feminina, com as marcas Azaleia, Dijean e Opanka; e a de botas.