Cândido Pinheiro (ao centro), o fundador da empresa, no dia da estreia na Bolsa (Foto: Jocélio Leal)

Fortaleza – O lucro líquido do Hapvida cresceu 33,9% em um ano e atingiu R$ 214,1 milhões no primeiro trimestre deste ano. A margem líquida também cresceu: 1,6 ponto percentual, para 19,6% no período. A companhia apresentou um crescimento de 22,8% na receita líquida, atingindo R$ 1 bilhão (R$1.089,9 milhões) no 1T18. O valor de mercado no fechamento do dia de ontem (14) era de R$18 bilhões.

A operadora tem 3,83 milhões de clientes, contra 3,36 milhões no primeiro trimestre do ano passado, um crescimento de 13,9%. Destes, em saúde são 2,27 milhões, ante 2,09 milhões. Isto equivale a aumento de 8,6%. O market share da empresa hoje é de 23,5% no Norte e 28% Nordeste.

Mas a liderança nas regiões ficou pouco. A abertura de capital feita no mês passado mira na expansão nacional. A partir do próximo ano, começa a operar planos pela cidade de Joinville (SC) para atender Whirlpool (dona da Brastemp e Consul), com cerca de 25 mil funcionários. Leia aqui bastidores da estreia na B3.

O EBITDA cresceu 43,1% e atingiu R$ 282,9 milhões com margem de 26%, um avanço de 3,7 pontos percentuais em comparação com o primeiro trimestre de 2017. O crescimento é atribuído à expansão da receita líquida em 22,8% e do ganho de 2,1p.p. na margem bruta em relação ao 1T17.

Um calote pesou na provisão

O balanço do trimestre mostra que as despesas de vendas foram impactadas pela provisão para perdas sobre créditos de R$ 65,2 milhões. E o motivo para tamanha provisão foi principalmente o não-pagamento de um único cliente corporativo, que representou cerca de um terço deste montante. Quem será?

Não fosse o calote, Hapvida disse aos acionistas que a provisão apresentaria um leve aumento de 0,2p.p. de representatividade da receita líquida ante o registrado no 1T17.

Linha dura gera economia de 8,5%

As despesas com localização e funcionamento totalizaram R$ 22,4 milhões e tiveram redução de 8,5%, na comparação com período idêntico em 2017. A empresa Festeja economia de R$ 1,2 milhão nos gastos de viagens com a adoção da nova política de linha dura nas compras.

Outro feito do garrote mais apertado foram os R$ 800 mil poupados por conta de economia nos gastos com impressos e gráficos e energia elétrica, pela substituição de instalações por tecnologias que racionalizam os níveis de consumo. Acionista gosta de saber que a empresa onde investe não é perdulária.

Cenário do setor

No primeiro trimestre de 2018, o mercado de planos de saúde médico-hospitalares manteve-se estável quanto ao número de beneficiários cobertos por algum tipo de assistência à saúde suplementar, isto na comparação com o primeiro tri de 2017.

Já em odontologia, o mercado de planos exclusivamente odontológicos sorriu mais. O crescimento foi de 6,2% no mesmo período.No caso de Hapvida, cresceu acima. Em planos de saúde e odontológicos a taxas foram de 8,6% e 22,6%, respectivamente.

Entre os planos exclusivamente médico-hospitalares, os planos coletivos apresentaram crescimento de 9,5% quando comparados ao 1T17 e, os planos individuais tiveram um crescimento de 6,4% na mesma comparação.

O  market share da companhia nas regiões Norte (23%)  e Nordeste (28%) resulta de crescimento de 2,0p.p. em relação ao 1T17. Assim, a companhia segue como terceira maior operadora do Brasil e líder absoluta nas regiões Norte e Nordeste.

O melhor desempenho na comercialização de planos coletivos se dá, em alguma medida, em decorrência da redução 0,6p.p. na taxa de desemprego, de 13,7% ao final do 1T17 para 13,1% ao final do 1T18.

 

 

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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