Fortaleza- O direito à meia-entrada, um benefício tratado como conquista pelas entidades que se posicionam como defensoras dos estudantes, é também um malefício. A última da distorção contém álcool, cevada e lúpulo. A Oktoberfest prevista para o Shopping Iguatemi em 20 de outubro é obrigada a conceder o direito.
O ingresso custa R$ 70 a inteira e R$35 a meia – para estudantes e grupos cervejeiros. A produção é da D&E Entretenimento e a realização é da microcervejaria 5 Elementos, Nordeste Beer e shopping Iguatemi.
Não tem erro. A conta da Meia é devidamente distribuída na sociedade. Seja no ingresso do show – até em parque aquático – ou na passagem de ônibus mais cara.
Às favas que entre os pagantes do bilhete mais caro de transporte esteja, por exemplo, gente pobre ou mesmo desempregada a arcar com o custo abatido de outro mais bem nascido. Ou pelo menos empregado.
Infelizmente o brasileiro acha que nada na vida tem custo e que “jovens” têm o “direito” de usufruir de tudo pela metade do preço. Resultado da brincadeira: quem paga inteira acaba pagando o dobro e bancando a diversão de quem paga meia, encarecendo o valor do ingresso. É a cultura deturpada da “vantagem” incentivada por grupos políticos que defendem privilégios e benesses ás custas do esforço alheio. Considero que meia-entrada deveria valer para transporte público, eventos culturais (teatros, concertos, museus, etc) mas nunca para ingressos em shows musicais, eventos esportivos , parques aquáticos e eventos festivos. No fim das contas, o trabalhador acaba pagando a conta do lazer dessa juventude sadia, despreocupada e malandra.
E cada vez mais isenções e agrados são propostos pelos nossos políticos. Os estúpidos não sabem, ou fingem não saber, que no final todos pagam a conta…