Jijoca de Jericoacoara – Tem a marca da boa intenção a campanha lançada por artistas cearenses pedindo que se devolva um Ceará sem violência. Sim, que se devolva. Não fica claro a quem se dirige. Bem poderia ser em apoio às forças de segurança, mas também não é.

Caso seja aos bandidos, os responsáveis pelos ataques terroristas, decerto não vão devolver. Afinal, bandido não devolve nem carteira, quanto mais ordem nas ruas.

Caso seja aos governos, Federal e Estadual, ok. Mas não ficou claro.  

Do jeito deles, com mais polícia na rua e mais investigação, como anunciam, seguem em combate. Mas não é mesmo fácil, após seguidos anos de tolerância com o poder paralelo nos presídios. 

E ainda falam em tempos de intolerância.  

A palavra acabou mesmo pagando o preço do uso. Há práticas que merecem isto mesmo, com todas as letras: intolerância. Seja ceder às facções, seja tratar detentos sem dignidade, como se a masmorra resolvesse. 

Em ambos os casos, é preciso ser intolerante.

A propósito, tem outra palavra massacrada: preconceito. Convenhamos, como não sentir contra quem rouba merenda de criança, joga lixo pela janela do carro ou ouve música bem ruim nas alturas. Você não tem? Reparou? A questão é o alvo, portanto.

Em tempo: a hashtag da campanha cearense, com participação de gente talentosa como Falcão, Rossicléa, Edmilson Filho e outros, como o paulista Chambinho do Acordeon (o Luiz Gonzaga do cinema), é #QueroMeuCearaDeVolta.

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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