A Nokia venceu a ação movida por consumidores no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), contra a campanha viral “Perdi meu
Amor na Balada”, veiculada em julho, para divulgar seu modelo de smartphone 808 PureView.

O processo foi aberto após 10 pessoas recorrerem ao órgão questionando a possível violação de direitos dos consumidores, já que a ação não estava identificada desde
o início como publicidade.

O Conar iniciou uma investigação sobre o caso com base no artigo 9º do código de autorregulamentação publicitária, que diz que toda campanha publicitária deve ser ostensiva e necessariamente identificada como propaganda. Também foi evocado o
artigo 23º, que afirma que “os anúncios devem ser realizados de forma a não abusar
da confiança do consumidor, não explorar sua falta de experiência ou de
conhecimento e não se beneficiar de sua credulidade”.

Em sua defesa, a Nokia usou dois argumentos, de acordo com a assessoria de
imprensa do Conar. Um deles foi de que a ação era de marketing viral, uma técnica
de comunicação legítima e aceitável, e que os filmes foram criados especificamente
para a internet, respeitando as características de comunicação direta com o
consumidor que o meio permite.

A empresa afirmou ainda que os dois primeiros filmes da campanha foram “teasers”
do terceiro, esse, sim, plenamente identificado como publicidade, e que não houve
em hipótese alguma prejuízo aos consumidores.O objetivo dos dois primeiros
vídeos, de acordo com a marca, seria então apenas o de gerar curiosidade e
expectativa no público em relação ao terceiro. O Conar aceitou as duas premissas e
arquivou o caso hoje, por unanimidade de votos.

Para chegar à decisão, o órgão levou em consideração que seu código aceita o
princípio do uso do teaser – ou seja, gerar curiosidade – e que ele não precisa necessariamente trazer a identificação da marca anunciante.

Além disso, conforme a entidade, a ação foi, de fato, de marketing viral, sem que
houvesse prejuízos para as pessoas expostas a ela, e o teaser, concebido para a
internet como foi, estava sujeito a críticas e elogios.

Criada pela agência “Na Jaca”, a ação viral envolveu a produção de três vídeos que,
juntos, superaram 1 milhão de visualizações em uma semana, segundo a Nokia.

 

Com informações da Exame.com

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About the Author

Joelma Leal

Jornalista, formada pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e especialista em Gerência Executiva de Marketing - Cetrede/UFC. Assessora de comunicação do Grupo O POVO. Titular da coluna Layout, publicada às sextas-feiras, no O POVO, e editora-adjunta do Anuário do Ceará, composto pela publicação impressa, site e especiais para TV. Apresentou o programa Faixa Conexão Layout, da TV O POVO.

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