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Usando páginas avulsas, guardanapos e páginas da internet como suporte, os autores Clarice Freire e Pedro Gabriel arremataram fãs que se inspiram nos versos curtos e na prosa. Domingo, 23 de outubro, os dois passam por Fortaleza para conversa com o público e sessão de autógrafos. A entrada é gratuita


Clarice Freire e Pedro Gabriel integram um mundo convergente. Os dois autores utilizam diversos suportes para dar vazão a sentimentos, inquietações, modos de vida. No domingo, 23, às 16 horas, eles estarão em Fortaleza para bate-papo com o público e sessão de autógrafos. A programação marca o lançamento de Pó de Lua nas Noites em Claro, segundo livro da pernambucana Clarice. E de Ilustre Poesia – Eu me chamo Antônio, terceiro livro de Pedro.

“Gosto de dizer que os dois livros são retratos diferentes, de momentos diferentes, da mesma alma. A minha escrita muda junto comigo, porque ela é a minha forma de conversar com o mundo”, conta Clarice, se referindo ao seu primeiro livro físico, Pó de Lua. Entre as duas publicações existiram “experiências belíssimas e momentos dificílimos”. Um conjunto que influenciou a palavra e o traço da pernambucana. “A minha escrita muda junto comigo, porque ela é a minha forma de conversar com o mundo. Portanto, mudou bastante”, afirma Clarice.

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Em Pó de Lua nas Noites em Claro há uma vigília noturna de quem tem prazer em aproveitar as horas silenciosas da madrugada. A insônia é tão torturante quanto proveitosa. E se traduz em um livro parecido com um caderno Moleskine – traçado em tinta nanquim e lápis de cor. “Fiz isso misturando o texto corrido com a poesia desenhada e dando a todo o livro, dessa forma, uma veia narrativa. Foi um trabalho muito gostoso de fazer, além de desafiador”, explica Clarice.

Pedro Gabriel passa por Fortaleza pela segunda vez com grande expectativa. “Pelos dados da minha fanpage no Facebook, Fortaleza é a quarta cidade onde tenho mais leitores no Brasil. Será incrível rever uma parte desses seguidores e conhecer novos apaixonados pelo personagem”, aponta.

Eu me chamo Antônio é um sucesso editorial. Tudo começou com guardanapos riscados em um bar, no Rio de Janeiro. O autor colocava para fora de si, através dos traços e das palavras, as demandas da própria vida. O trabalho ganhou repercussão na internet e chegou ao suporte físico. É o terceiro volume do personagem e também tem lançamento pela Intrínseca.

“Tenho o hábito de anotar compulsivamente as minhas ideias em um caderninho de bolso. Escrevo ou desenho tudo o que me passa pela cabeça, sem censurar, sem criticar. Deixo o pensamento livre. Depois de um tempo, gosto de rever essas cadernetas e pinçar versos ou traços que me saltam aos olhos para retrabalhá-las com mais calma. Geralmente, meus versos mais bonitos nascem desses rascunhos lapidados”, aponta Pedro em entrevista ao Leituras da Bel.

Pedro é filho de pai suíço e mãe brasileira. Nasceu em N’Djamena, capital do Chade, pequeno país no centro-norte da África, e chegou ao Brasil aos 12 anos. Antônio, o personagem, é fruto dos silêncios do criador. No balcão do bar, rabiscando guardanapos, ele resolveu fotografar e postar nas redes sociais. Foi um sucesso. “Atualmente somo mais de duas mil criações. Todas retratam, de alguma forma, um silêncio que não teria coragem de quebrar se eu não tivesse criado o universo do Eu me chamo Antônio”, pontua.

Veja entrevistas completas com os autores aqui e aqui!

Serviço
Turnê Poética em Fortaleza
Com os autores Clarice Freire e Pedro Gabriel
Quando: domingo, 23 de outubro, às 16 horas
Onde: Livraria Leitura Shopping RioMar (rua Des. Lauro Nogueira, 1500, piso L2, Papicu)
Entrada gratuita
Outras informações: http://bit.ly/2dWnR0T

ilustre-poesia-eu-me-chamo-antonioIlustre Poesia – Eu me chamo Antônio
Pedro Gabriel
Editora Intrínseca
224 Páginas
Impresso: R$ 39,90
E-book: R$ 19,90

 

 

untitledPó de lua nas noites em claro
Clarice Freire
Editora Intrínseca
208 páginas
Preço: R$ 39,90
E-book: R$ 19,90

About the Author

Isabel Costa

Inquieta, porém calma. Isabel Costa, a Bel, é essa pessoa que consegue deixar o ar ao redor pleno de uma segurança incomum, mesmo com tudo desmoronando, mesmo que dentro dela o quebra-cabeças e as planilhas nunca estejam se encaixando no que deveria estar. É repórter de cultura, formada em Letras pela UFC e possui especialização em Literatura e Semiótica pela Uece. Formadora de Língua Portuguesa da Secretaria da Educação, Cultura, Desporto e Juventude de Cascavel, Ceará.

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