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Já imaginou seu empreendimento viajando no piloto automático e vendendo até quando você está dormindo? Pois saiba que essa é uma das muitas possibilidades dos negócios virtuais

Os clientes acessam o seu site de qualquer lugar e horário, escolhem os produtos ou serviços, pagam através do sistema de que a loja virtual oferece e recebem estes produtos em casa ou mesmo no estabelecimento físico, entrega que acaba sendo vantajosa por geralmente dispensar o valor do frete.

Como estamos chegando ao período compreendido entre os meses de outubro a dezembro, os empreendedores que possuem versões online de suas lojas ficam em polvorosa, pois nesses três meses há eventos que tradicionalmente impulsionam as vendas no varejo, como o Dia das Crianças, Black Friday, Natal e Ano Novo. Se estar online é tão vantajoso assim, por que então investir em uma loja de e-commerce não é logo a primeira opção de inovação em lojas físicas já estabelecidas? Existiria uma hora ideal para se lançar nesse espaço?

“Não há exatamente um momento específico para isso. Se a empresa já está em funcionamento, o e-commerce deve ser visto como um novo canal de vendas, uma espécie de filial”, aponta Bruno Leitão*, mestre em Administração de Empresas. No entanto, apesar de ser vantajoso, não é um processo fácil, por isso que nem todo mundo entra logo de cabeça. O canal virtual deve estar conectado ao sistema de gestão de estoque e controle financeiro, além de compartilhar do mesmo posicionamento de marca.

“Algumas empresas erram nessa transição por não integrar o sistema online ao ERP (sistema integrado de gestão empresarial) da empresa e por também querer adotar as tradicionais práticas comerciais ao mundo digital”, ressalta. Portanto, para fazer essa migração é preciso levar em consideração algumas dicas, como ver qual plataforma de e-commerce é compatível com o sistema que a empresa utiliza; montar a loja virtual utilizando as mesmas referências, informações e códigos da loja física; preparar a equipe para atuar no novo canal, que é mais rápido e abrangente; criar uma rotina de processos para despachar os pedidos e retornar os e-mails e finalmente, planejar o pós-venda.

“Claro que vale a pena ingressar no mundo virtual e abrir mais uma possibilidade de receita, porém é necessário planejamento para não prejudicar a imagem da marca já construída no mercado”, afirma Bruno.

Ou seja, o negócio até pode render enquanto você estiver dormindo – só não se pode dormir no ponto na hora em que seus clientes mais precisarem de você.

*Consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)

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