Homem desenha em tablet um personagem de quadrinhos utilizando uma caneta específica para o equipamento.

Foto: unechick83/Pixabay

Com diferentes oportunidades de atuação, segmento de quadrinhos oferece variedade para os profissionais. Conheça o cenário brasileiro

Integrante da chamada “economia criativa”, o mercado de quadrinhos não só é responsável pela movimentação de milhões de dólares todos os anos, mas também possui oportunidade em vários segmentos. Além deste feito, a indústria também permite a atuação de profissionais autônomos.

O mercado de quadrinhos é composto por alguns pilares. As editoras, responsáveis pela publicação das histórias, confeccionam o produto (a revista em si) e entregam-o até o leitor, representando o pilar mais estrutural e técnico do negócio. Outro pilar é formado por roteiristas e ilustradores, responsáveis pela parte artística deste universo. Muitos desenhistas começam por aptidão, mas, quando decidem se profissionalizar, uma sugestão é buscar capacitação profissional por meio de cursos de formação de quadrinistas. Depois deste passo, tornar-se um Microempreendedor Individual (MEI) pode ajudar na hora das relações trabalhistas.

“Se o artista é MEI, ele é responsável por gerir sua atividade como empresário individual. Recolhe imposto mensalmente e possui os direitos que o registro de MEI lhe dá, como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade etc”, comenta o jornalista Glauber Uchoa*. Com o tempo, o profissional passa a ser mais procurado, o que o levará a escolher a relação trabalhista mais adequada para si.

Por ser mais livre, o desenhista pode escolher como proceder com as questões contratuais. “A característica do trabalho a ser feito é que deve conduzir a decisão do artista na hora de estabelecer um vínculo de trabalho, que pode ser por contrato para projetos específicos ou de representação da obra com negociação de percentual de venda dos trabalhos”, finaliza Glauber.

Presença no mercado
Uma boa forma de ganhar nome e experiência para futuros projetos é participar de feiras de quadrinhos e produzir para o mercado nacional. Editoras brasileiras vêm apostando em quadrinistas e ilustradores brasileiros para a confecção de histórias 100% nacionais.

Para o exterior, os profissionais possuem acordos que são pagos em moedas estrangeiras, o que, de acordo com a cotação do real, pode render boa lucratividade. Produzir essas páginas para editoras, sejam estrangeiras ou nacionais, torna o profissional independente e lhe permite contribuir para quantas editoras quiser.

Além do artista
O universo dos quadrinhos também permite que outros modelos de negócios atuem na área. No Brasil já são realizadas diversas feiras de quadrinhos, nas quais é possível encontrar edições por preços acessíveis. Editoras podem vender seus exemplares a um valor mais em conta, e os revendedores podem lucrar em cima da venda por um preço um pouco acima.

Por falar em editoras, as mesmas conseguem crescer no mercado se forem atentas ao que os fãs queiram adquirir. A editora Pipoca e Nanquim, que aposta em títulos inéditos no Brasil, vem sendo um case de sucesso. Dessa forma, é possível atingir um público fiel, que dará certeza de adquirir o seu produto.

*Glauber Uchoa é analista técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae/CE)

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