A imagem mostra uma calculadora preta, em cima de vários documentos fiscais. Ao lado, uma caneta prateada está destampada. O fundo da imagem mostra livros de finanças escritos em inglês.

Foto: Steve Buissinne/Pixabay

Saiba como o procedimento pode auxiliar nas finanças de uma empresa e entenda como realizá-lo

Fazer planejamento e gestão financeira de uma empresa é um dos pilares para que o gestor tenha controle sobre o negócio. Administrar o fluxo de capital é fundamental na hora de identificar problemas, pois assim é possível solucioná-los de maneira assertiva. Nesse aspecto, o controle de caixa tem como objetivo fazer todos os registros de movimentação financeira na empresa, ou seja, entrada e saída efetiva de dinheiro de caixa.

A entrada de caixa pode ser o pagamento de vendas, à vista ou a prazo, no qual há injeção de recursos de sócios ou empréstimos. As saídas operacionais podem ser despesas, compras de matérias-primas, custos, impostos ou investimentos de ativos, afirma o especialista em finanças Marcos Vinícius Gondim*. Ele explica que fazer esse controle é fiscalizar os registros de entrada e saída efetiva de dinheiro.

O caixa de uma empresa fica no setor de finanças, setor em que são feitos todos os registros. “A análise é realizada pelo gestor financeiro. Percebida alguma insuficiência, ele deve verificar a causa, pois uma série de outros fatores que pode estar causando isso”, alerta o especialista. De maneira que um controle efetivo evita grandes problemas e auxilia na tomada de decisões.

Como fazer?
De acordo com Gondim, há duas maneiras de realizar esse processo. Uma é o registro, que pode ser feito a partir do caixa. “Circulou dinheiro e automaticamente faço esse registro. Isso é o controle. Sendo o diário de caixa o documento padrão para fazer o registro de movimentações.”

Além da gestão e do registro, é essencial realizar a análise do saldo, chamado ‘perna de sustentação’. Para Marcos, uma empresa sem caixa não tem saúde financeira. “Ela pode operacionalmente estar bem, mas, financeiramente, não”, aponta. Ele indica que o ideal é ter sobra de caixa, ou seja, o somatório de todas as entradas deve ser maior que o somatório das saídas.

A segunda maneira é fazer o fluxo de caixa. Uma projeção das entradas e saídas de compra, venda, estoque etc. “É o instrumento mais gerencial para a questão financeira e que raras empresas fazem. A maioria faz o controle, mas não faz a projeção para verificar antecipadamente a necessidade ou não da injeção no caixa”, alerta o especialista.

Marcos Vinícius pontua que o registro é diário e no ato da movimentação. Já a análise, dependendo do fluxo de atividade da empresa, pode ser diária, semanal, quinzenal, mensal e até anual. “Isso dependerá do volume de transações com o qual a empresa trabalha. O objetivo do controle é tentar identificar quais foram as principais causas de insuficiência de caixa”. O especialista ressalta que no momento em que é identificado saldo negativo de caixa, significa que algum problema está acontecendo. “Esse problema pode ser por uma estrutura de custos altos ou ser provocado por um descompasso nas políticas de compras e vendas.”

O especialista exemplifica com o caso de um gestor que dá ao cliente um prazo maior do que o dado aos fornecedores. “Eu tenho um prazo maior para receber do que para ganhar, isso gera insuficiência de caixa”. Além disso, estoques acima do necessário e vendas que não geram margem suficiente são alguns fatores que podem causar problema.

*Marcos Vinícius Gondim é gerente da unidade de gestão estratégica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)

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