Homem loiro está atrás de um balcão em uma cafeteria. Ele parece ser dono do estabelecimento. Na banca, duas máquinas de cartão de crédito presentes.

Foto: JesseMcFly/Pixabay

Em expansão, a formalização como MEI é estratégia para se manter ativo no mercado de trabalho e trazer renda para famílias brasileiras

Iniciada há pouco mais de 10 anos, a categoria de Microempreendedor Individual (MEI) surgiu como estratégia para formalizar os empreendedores que ainda não possuíam CNPJ e demandavam benefícios específicos para a categoria. Na 6ª edição da pesquisa “Perfil do MEI”, liberada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 4,6 milhões de brasileiros têm a atividade como única fonte de renda.

Do número, 61% foram atraídos para a categoria de MEI pelos benefícios da formalização, como o registro de uma empresa formal, a possibilidade de emitir nota, desconto em compras de fornecedores e outros. “Esse cenário tem sido bastante promissor, porque o índice de desemprego é elevado, mas muitas dessas pessoas estão buscando trabalhar por conta própria”, relata Rafael Albuquerque, articulador do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae/CE).

Acerca da permanência como MEI, Rafael explica que a taxa dos profissionais que migram para microempresa (ME) é de 2%. Essa expansão, detalha, traz benefícios como a possibilidade de entrar em novos mercados e de crescer a arrecadação, além de aumentar o investimento no próprio negócio. No caso do MEI, a arrecadação limite é de R$ 81 mil por ano. Já MEs podem arrecadar até R$ 360 mil.

Aumento de resultados
Outra informação abordada pela pesquisa é de que 71% dos entrevistados registraram um aumento no número de vendas após a formalização. Já 72% explicaram que a relação de compras com fornecedores foi melhorada. “Isso é importante para que esses empreendedores consigam pensar num amanhã ser mais vantajoso, ter a possibilidade de crescer enquanto negócio, porque o MEI pode ter, no máximo um funcionário. Quando ele tiver mais, vai contribuir para diminuir o desemprego.”

Para a capacitação dos MEI, Albuquerque informa que o portal do Sebrae possui opções de cursos online para interessados. Como, em sua maioria, microempreendedores individuais não possuem funcionários, a possibilidade de acessar os conteúdos em qualquer horário é uma alternativa para a capacitação.

Outros dados:

  • 40% dos entrevistados possuem a própria residência como local de trabalho

  • A faixa etária dos 18 aos 29 anos representa 41% dos MEI no Brasil

  • 48% dos entrevistados empreendiam há mais de 10 anos sem CNPJ

No gráfico abaixo, você confere o resumo do perfil dos MEI no Brasil.

Foto: Divulgação/Sebrae