Imagem mostra um homem grisalho sentado. Ao fundo, outro homem de terno dá uma palestra

A implantação de uma metodologia de qualificação dos colaboradores pode ser um dos pontos de melhoria dos resultados de uma empresa

Desenvolver treinamentos visando à qualificação do quadro de colaboradores pode trazer benefícios, tanto para o gestor quanto para os funcionários. “As pessoas são o principal recurso de uma empresa”, afirmava Henry Ford, um dos fundadores da administração moderna. A capacitação é uma forma de atualizar, estimular e reconhecer o esforço do trabalhador. Além disso, é mais barato do que contratar novos funcionários.

Abrir mão da qualificação cria o risco de a empresa defasar dentro da oferta dela e ter comprometimento na competitividade diante do mercado e dos concorrentes que estão investindo mais, não só em tecnologia instalada, mas também em melhoria das habilidades dos colaboradores, explica a especialista em consultoria empresarial Mônica Tomé*.

O gestor que deseja iniciar o processo de treinamentos precisa pensar em desenvolver um programa permanente de capacitação e melhoria dos colaboradores, começando pela identificação das fragilidades que o corpo funcional apresenta, pontua Mônica. Ela diz que o gestor pode pensar em capacitações que atualizem, avancem e ajudem a “dar um salto” nos conhecimentos.

Como iniciar a capacitação?

Buscar por entidades que desenvolvam a formação profissional para trabalho em conjunto com a empresa é uma opção. “Há instituições que atendem a várias funções nas áreas de serviço e de comércio, e outras que possuem atividades relacionadas à indústria, que têm alguma excelência específica implantada”, destaca a especialista Mônica Tomé. Dentre os benefícios dos treinamentos estão melhoria dos processos, motivação, reconhecimento e qualidade.

“Não é interessante investir em determinado conteúdo para o conjunto”, observa Mônica, porque uma das estratégias é direcionar a capacitação considerando as competências necessárias que os colaboradores têm nas diversas áreas. “Às vezes, os cargos são genéricos, mas se houver um técnico, que atue na atividade de meio, as necessidades e as competências que precisam ser desenvolvidas são diferentes das de um técnico que atue na área fim da organização.”

Segundo a especialista, as competências comportamentais são o diferencial dentro das organizações. “O profissional mais buscado será aquele que desenvolverá essas habilidades, que partem da questão do autoconhecimento, capacidade de persuasão e de trabalhar de forma colaborativa.” Ela também cita as questões voltadas às relações de comunicação, interação e competências técnicas.

Treinamentos

Além dos treinamentos formais, existem também as metodologias ágeis e vivenciais, em que o aprendizado do adulto é mais focado na atividade e no desenvolvimento. “Ele pode absorver o conteúdo de forma mais permanente, retém mais, até porque ele vivencia a informação, o conhecimento, e consegue concluir e conceituar os processos”, destaca Mônica.

Os cursos de Ensino à Distância (EaD) são uma ferramenta largamente utilizada pelas empresas, além dos cursos de curta e média duração. “Os formatos mistos são os mais interessantes.”

Na área de relacionamento com o cliente, é importante que as empresas, antes de traçar um plano de desenvolvimento dos colaboradores, tenham a arquitetura das competências necessárias para cada unidade, cargo e funções e, com base nisso, customizem esse desenvolvimento. “As organizações estão mais atentas às competências comportamentais. Com o nível de automação, aquilo que é transmissível dentro de um curto prazo será desempenhado por robôs, sejam eles estacionários ou humanoides”, finaliza Mônica.

*Mônica Tomé é analista do Serviço de apoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Ceará (Sebrae/CE)

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