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Na última segunda-feira, 12,  Eduardo Gondim, atleta cearense de Stand Up Paddle (SUP),  de 25 anos, sofreu um acidente  e, infelizmente,  não resistiu aos ferimentos.  O sorriso de Eduardo estará sempre em nossas lembranças. Descanse em paz, Eduardo.

Yuri Gondim escreveu um texto emocionante sobre seu irmão e convida os amigos e atletas de SUP para uma remada no dia 17 de setembro, na Lagoa do Colosso, para homenagear Eduardo.

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Rip- Eduardo Gondim 

Texto: Yuri Gondim

Nascido no dia das mães do ano de 1991 (12/05), Eduardo Gondim é o caçula de uma família de cinco filhos. Ainda criança sua personalidade tranquila contrastava com seu espírito aventureiro e sua predileção pela radicalidade. Lembro bem das vezes que, com cerca de 11 anos, ele aparecia do nada montando cavalos sem sela, acompanhado de amigos que tinha feito nas redondezas da Cidade dos Funcionários.

Com 12 anos iniciou no moutain bike e, para além do esporte, descobriu naquelas duas rodas um pouco de sua independência, e rodava por toda Fortaleza e até por vários municípios próximos. Aos 13 apareceu em casa com uma Moto Yamaha Dt de 180, tentando tranquilizar minha mãe dizendo que a moto era apenas para praticar “Enduro”, uma modalidade do motocross, e logo se destacou naquela cena por seu arrojo com tão pouca idade.

A verdade é que, poucos dias passados de seu falecimento, sua precocidade, adjetivo tão claro em sua trajetória, ficou ainda mais evidente. Se foi o último filho a vir ao mundo de Wagner e Liduína Gondim, foi o primeiro a presenteá-los com um novo descendente, tornando-se pai com apenas 15 anos, causando grande rebuliço em toda família.

A precocidade estava presente em muitas de suas aventuras. Lembro-me da primeira vez que ele foi surfar, e de ficar incrédulo ao vê-lo, na primeira oportunidade, ficar em pé e cortar a onda, em sintonia com o balanço do Porto das Dunas. Começava ali sua relação de amor com os esportes de prancha.

Veio então o wakeboard e wakeskate em 2011 e logo, com poucos meses de prática, já estava competindo com os melhores do Estado, fazendo pódios e arrancando aplausos pela amplitude e radicalidade de suas manobras.
Aprendeu kitesurf, skate donwhill, conheceu o snowboard e foi no SUP que, nos últimos anos de sua vida, dedicou seu espírito competidor e fez da modalidade o seu ganha pão.

Meu irmão, com apenas 25 anos, partiu para enfrentar novos desafios, deixando um filho de 9 anos, familiares, namorada e amigos com a certeza que sua alegria e coragem, além de deixá-lo marcado para sempre em nossos corações, deixará muita saudade.

Convidamos toda a comunidade do SUP Cearense para participar de uma remada e de uma corrente positiva para que, neste grande mistério da vida, seu caminho continue sendo sempre de luz.
Aloha!

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Além de Yuri, Rebeca Araújo e  Naéliton Freitas fizeram um vídeo e um poema para homenagear o amigo.

 

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Natália Fonteles

Jornalista, apaixonada por boas histórias, viagens e esportes radicais. Siga me nas redes sociais: @mochilaradical e @oceanicos_ce

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