O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a necessidade de bons cursos de graduação em jornalismo, apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Em sua opinião, o mercado de trabalho não espera a extinção do campo, mas um aumento na qualidade.

“O jornalismo é um dos pilares da democracia, não podemos desconsiderar as especificidades do exercício da profissão. Mais do que habilidades e competências, um curso de jornalismo deve trabalhar os valores da prática jornalística, preparar bem o profissional que fará a intermediação da informação para o público”, afirmou Haddad, na última segunda-feira (22/06), durante a assinatura de portaria que modifica as normas para credenciamento e avaliação dos cursos de mestrado profissional.

A portaria normativa abre espaço para novas possibilidades de trabalhos de conclusão de curso, além da dissertação. Também permite que profissionais reconhecidos possam dar aulas mesmo sem o título de mestrado ou doutorado. As medidas buscam transformar a pós-graduação lato sensu num mestrado voltado para o mercado profissional. Para o ministro, o jornalismo deve ser uma das áreas mais beneficiadas pela mudança.

“Com a decisão do Supremo Tribunal Federal, o mestrado profissional em jornalismo deve ganhar força”, afirmou.

Reproduzido do Comunique-se, incluindo o título.

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