Restaurante usa a calçada, atrapalha pedestre, e diz que estacionamento é “privativo”.
Comecei a receber a colaboração de um leitor, que prefere não se identificar. Ele persegue implacavelmente, com sua máquina fotográfica, os ladrões do espaço público, que fazem da calçada a expansão de seus empreendimentos particulares.
Tudo sob a vista grossa das autoridades municipais responsáveis [?] que, logicamente tem mais o que fazer do que se preocupar com detalhes irrelevantes, que não lhes roçam as pernas, pois rodam em carros oficiais, com motorista e ar-condicionado.
Clicando à frente, no “continuar lendo este post”, vocês verão mais exemplos enviados pelo leitor. Quem quiser ajudar, pode usar o e-mail plinio.pab@gmail.com
É de notar também, na foto do condomínio que cerca a calçada, o espaço ocupado pela banca de revista/jornal. Não sei se ainda existe, mas na Costa Barros com Isac Meier, a COPHEL marcou a calçada em frente, do outro lado da rua, como estacionamento exclusivo para clientes dela. O local até chegou a ser cercado, com vigia e tudo mais.
Não é querendo ser do contra, mas acho que em algumas fotos não há irregularidade. Vejamos: nas duas primeiras fotos, de cima para baixo, percebe-se que há o espaço da calçada para a passagem de pedestres. Teria-se que saber se esta parte que o condomínio cercou faz parte da sua área, reservada a estacionamento de visitantes. Na 3a. de cima para baixo, por conhecer o local, creio eu que não haja irregularidade, uma vez que isso é permitdo, fazendo com que o prédio ceda seu espaço aos seus clientes. Na 4a. se na frente dos carros há calçada e espaço para a passagem de pedestre, também acho que não há qualquer irregularidade.
PS: tentarei também fazer parte deste “disque-denúncia” dos criminosos do trânsito. Parabéns pela iniciativa.
Algumas situações são irregulares e outras ilegais.algumas poderiam adaptar-se a Lei,outras autuadas por,genericamente, privatizar bem de uso comum do povo.Permanecendo as situções, a solução que se impõe é a interdição do estabelecimento infrator.
Algumas situações são irregulares e outras ilegais.Algumas poderiam adaptar-se a Lei,outras autuadas por,genericamente, privatizar bem de uso comum do povo.Permanecendo as situações, a solução que se impõe é a interdição do estabelecimento infrator.
Plínio, esse problemas das vagas de estacionamento é um estorvo na vida não só dos fortalezenses.
Aqui em Brasília, segundo o Correio Braziliense de hoje, há um déficit de “cerca de 30 mil vagas”. Por causa disso, as pessoas estacionamento em fila dupla é super comum, principalmente nos blocos comerciais. Mas quando vi esse cercamento da calçada, lembrei de algo que, de tão absurdo, me assutou.
Contextualizando: Segundo o Plano Diretor de Brasília, os prédios residenciais das asas do Plano Piloto são construídos sobre pilotis, que são área pública que não pode ser obstruída. Portanto, aqui você pode passar pelo térreo dos prédios sem problemas.
Pois bem, segunda eu estava passando por um bloco da 402 Sul e me deparo com um corpo estranho: uma cancela. Uma cancela numa área que deveria ser livre para os pedestres! Isso porque o prédio (como muitos outros sem subsolo) transformou a área do pilotis em garagem privativa dos moradores daquele bloco.
A sensação foi interessante, porque eu quase esbarrei naquele negócio e de repente me senti preso, pensando “pra onde eu vou, agora?”. Ainda bem que, por gentileza (assim deve pensar o síndico), a cancela ao lado estava aberta e eu pude continuar meu caminho.
Agora repito Luizianne quando falou do trânsito daqui, no Coletiva. “Isso em Brasília, que foi planejada” e acrescento: E que foi tombada. Há gente mesquinha que não pisca ao agredir desse modo a obra-prima de Lúcio Costa que é a superquadra.
Já que o Rogério falou sobre a banca de revistas, lembrei de um caso próximo ao campus da UFC no Benfica. Na rua Juvenal Galeno, quase esquina com a Carapinima, a calçada que já era estreita, maltratada e ocupada por um ambulante, ficou mais apertada no ano passado. Uma senhora resolveu montar a sua banca logo ali, fazendo com que os pesdestres que vão e vêm tenham que se equilibrar no restinho de calçada enquanto se desvençilham de todas as revistas penduradas ou usar a rua mesmo.
Caro Plínio,
continuo ousando de suas palavras, pois:
creio eu que não exista essa tal “transformação” de uma área privada em pública, senão ocorrer uma indenização prévia por parte do ente público, como ocorre nas desapropriações para reforma agrária, por exemplo.
Quanto à terceira foto de baixo para cima, continuo com o mesmo pensamento, pois tanto é que qualquer dano que ocorra com o veículo ali estacionado, a responsabilidade é toda do particular que fez o estacionamento do seu negócio, mesmo que o cliente nada consuma no local, o que não ocorre, ou dificulta muito a reparação do dano, caso ali fosse um local público. Não, não dificulta a passagem, pois, se não me engano, na calçada, existe naquele lugar apenas uma entrada e outra saída para veículo e no meio há calçada e mesmo assim, há calçada circundando o estacionamento (como é, por exemplo, o estacionamento de um centro comercial em frente ao colégio espaço aberto, na Av. Dom Luis).
Quanto à quarta foto, como disse em relação a terceira, se houver uma calçada circundando o estacionamento e apenas um entrada e outra saída, não há, ao meu ver, algum problema. Ora, se ao dar ré, atrapalha o trânsito, ai você já estaria pendendo para um lado e dificultando o empreendimento empresarial. Creio eu que deve sempre haver uma razoabilidade, e não uma parcialidade.
Espero estar contribuindo para um saudável debate.
Um abraço.