O jornalista Carlos Castilho informa em seu blog Código Aberto informa que a agência de noticias Associated Press [AP] passará a embutir em todos os seus textos publicados na web um código secreto para identificar quem usa o seu material sem pagar direitos autorais.

O alvo principal da AP seria o Google e outros mecanismo que buscam e indexam notícias, que são acusados de lucrar com o material produzido por empresas dedicadas ao jornalismo.

“Se é possível criar uma indústria multibilionária para desenvolver mecanismos de busca, nós também podemos gastar milhões de dólares para proteger nosso material”, afirmou Tom Curley, principal executivo da AP sobre o projeto de instituir um código para rastrear a notícia.

O chamado “DNA da notícia” foi desenvolvido pela fundação inglesa Media Standards. A agência Associated Press é formada por uma cooperativa de jornais e tem 1.800 clientes em todo mundo.

Cobrando pelo conteúdo

Ainda não se sabe como essa batalha vai terminar, pois cada vez mais as mídias tradicionais sentem o impacto da internet em seus negócios.

Outro assunto que está em pauta – tratado em vários posts neste blog – é a discussão sobre se os jornais devem cobrar pelo conteúdo posto à disposição na internet.

Recentemente – em matéria do jornal O Estado de S. Paulo – o editor do jornal inglês Financial Times afirmou que grande parte das empresas jornalísticas devem passar a cobrar pelo seu conteúdo na web em menos de um ano.

O The New York Times é outro jornal que deve iniciar a cobrança pelo seu conteúdo. Depois de consultar os leitores, o jornal novaiorquino acha que pode cobrar até 60 dólares por ano de seus leitores. [O jornal já fez, anteriormente, tentativa nesse sentido, mas recuou.]

Como já anotei aqui algumas vezes, produzir notícias é caro. Alguém tem de pagar pelo serviço. Quem o fará – ou se existem leitores suficientes dispostos a fazê-lo – é uma pergunta para a qual ainda não existe resposta nesses tempos em que a internet parece oferecer tudo gratuitamente, custando apenas um clique.