A entrevista com Franklin Martins, titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, na rádio O POVO CBN terminou ao meio-dia. Mas a conversa informal continuou até agora há pouco, por isso não tive como postar antes.
A entrevista foi mediada por mim, com a seguinte bancada de entrevistadores, todos jornalistas do O POVO: Guálter George, Erick Guimarães, Kamila Fernandes e Luís Henrique Campos. [veja post abaixo]
Vou anotar apenas algumas frases do ministro. Na edição de amanhã [26/9/2009] do O POVO será publicado um resumo da entrevista:
> “É preciso discutir como vai ser [regulamentação] do mundo digital; se não teremos um processo selvagem, no qual vai prevalecer a lei do mais forte. Acho que algumas entidades não entenderam isso.” [Respondendo à pergunta sobre os objetivos da Conferência Nacional de Comunicação e o porquê das entidades representantativas dos principais meios de comunicação terem se retirado da organização do evento.]
> “O Brasil é um dos únicos países democráticos do mundo onde não existe nenhum tipo de regulamentação [para o serviço de radiodifusão].”
> “Por que as grande redes de televisão não abrem espaço para a produção regional, como estabelece a Constituição?”
> “O leitor é tolerante com os erros da imprensa, pois sabe da dificuldade do trabalho do jornalista; mas é severo quando percebe a manipulação intencional, econonômica ou política.”
> “Existem interesses em todos os veículos de comunicação; é assim no mundo inteiro, é normal. Mas se se quiser embrulhar a notícia com isso [o leitor ou o telespectador percebem].”
> “Cada um faz o jornalismo que acha que deve fazer, mas o leitor percebe quando há editorialização.”
> “O interesse privado não pode prevalecer sobre o interesse público, quando isso acontece, o leitor percebe.”
> “O Brasil vive um regime de absoluta liberdade de imprensa; e o governo considera a liberdade de imprensa um valor fundamental.”
> “Acho que teremos um acirramento espetacular no ano que vem.” [Falando sobre as eleições de 2010.]
> “A imprensa não é uma coisa só, são várias imprensas.”
> “Tenho orgulho de ter comandado na Secom um programa de desconcentração da publicidade.” [Ele diz que, antes, a publicidade estava concentrada nos grandes veículos de comunicação.]
> “Eu acho a experiência do Conselho Curador extraordinária, por que as TVs comerciais não adotam o mesmo critério? Ou lá não existem interesses econômicos ou políticos?” [Ao dizer que o governo não define a programação da TV Brasil, e que o Conselho Curador tem o poder de definir a sua grade.]
> “Se isso [o Conselho Curador] fosse adotado nas TVs comerciais seria um avanço e tanto.”
> “O presidente [Lula] é uma pessoa extraordinariamente bem informada.”
> “O primeiro despacho do dia do presidente [Lula] é comigo; eu começo o dia dele.”
> “Tenho um orgulho discreto de ter participado da resitência à ditadura; eu fiz a minha obrigação.” [Respondendo à pergunta de uma ouvinte que perguntou que tipo de exemplo era para os jovens a participação dele no sequestro do embaixador americano no Brasil Charles Burke Elbrick, em 1969.]
> “Tenho orgulho de ter lutado contra a ditadura, do primeiro ao último dia.”
> “Na verdade, quem sequestrou a democracia brasileira foram os militares, que deram o golpe de 1964.”
Ótima entrevista, a partir das inquirições. O questionamento acerca da participação do ministro no sequestro do embaixador americano denota o quão despolitizada e alienada é parte da juventude atual. Uma pena.
Mas é possível a regularização?
A Rede Globo não inibiu ao SVM quanto à TV Diário, nas suas transmissões fora do estado? Ferreira Aragão outro dia trouxe esse assunto a lume novamente.
Quantos congressistas têm envolvimento com essas concessões? Estariam dispostos a dialogar sobre o tema às vésperas de uma eleição?
Se a diretriz do próximo governo for outra, tratará desse assunto?
São questões que me vêm num primeiro momento, mas suficientes para não eu acreditar que isso seja possível. Não neste governo. Nesse tema, apresentar a proposta para discussão já foi seu papel.
Esperar que o próximo siga o desafio.
Feliz cada novo dia…
A regularizacao comeca no controle remoto.
Desde que passei a morar sozinho que certos canais nao estao sintonizados na minha TV. Nao posso obrigar a minha mae de 68 anos a nao ver a novela que ela tanto se acostumou a ver. Mas eu que tanto me beneficiei do suor dela pra poder estudar nao posso agora fingir que nao entendo o que se passa ali. Resultado: me recuso a ver aquele lixo. Tenho amigos que nem mesmo TV em casa tem.
Cancelei minha assinatura da VEJA ainda 1999, quando eles entrevistaram em duas edicoes seguidas a Vera Loyola e outra personalidade igual à dela, que, gracas a deus, nao me recordo o nome.
Hj é o seguinte: a folha de SP publica um documento falso dizendo q eh verdadeiro. Depois, ao se provar pora A+B a falsidade do documento, a folha escreve um editorial dizendo que o documento PODERIA ser verdadeiro, daí justifica a publicacao. Se os leitores deste veículo nao reagem, entao é porque gostam de ser enganados!
Manchete do Globo (online) da semana passada: Poupanca é a menor em 30 anos (ou coisa assim). Quando se lia a matéria, se descobria que o ganho REAL é que era recorde, pois a inflacao foi muito baixa!!!
Peraí! Tem alguma coisa errada com a cabeca dos leitores destes veículos!! E nao cabe ao governo mexer nisso. Essas pessoas precisam aprender a pensar!