Plínio Bortolotti e José Dirceu, em foto de Talita Rocha

Plínio Bortolotti e José Dirceu, em foto de Talita Rocha

O ex-ministro José Dirceu falou hoje no projeto “Grandes Nomes”, da rádio O POVO/CBN. O programa, mediado por mim – com duas horas de duração – teve a seguinte bancada de entrevistadores: Erivaldo Carvalho, Érico Firmo, Fábio Campos e Ana Cristina Cavalcante. Na edição de amanhã do O POVO será publicado um resumo da entrevista.

Veja alguns trechos e algumas frases ditas pelo ministro:

? O programa se inicia com Erivaldo dizendo que Dirceu era o “braço direito” do governo Lula”. De bom humor, ele corrige: “Braço esquerdo”.

? José Dirceu citou o nome de  Ciro Gomes (PSB) por várias vezes, sempre positivamente, mas disse que, caso o deputado se declare candidato à presidência da República, criar-se-á um “problema” que terá de ser resolvido. Ele descartou a possibilidade de o PT vir a apoiar Ciro ou Lula abster-se de fazer campanha para Dilma Roussef.

? “Ciro Gomes é um defensor de primeira hora [do governo Lula]; defende o governo melhor do que muito petista.”

? “Ciro tem uma hsitória fantástica, tem todos os títulos para ser presidente da República, mas a questão não é essa; é de projeto político.”

? “Sou, antes de mais nada, aliancista: nenhum partido governa sozinho.”

? “O PT, às vezes quer o apoio para Lula, mas não quer apoiar o candidato de outro partido para o governo do Estado.” [Em tom de crítica a seu partido]

? “Pode ter gente que conheça o PT como eu, melhor não tem.”

? “Nunca imaginei que fosse pagar um mico desse na vida.” [Sobre a cassação de seu mandato de deputado federal]

? “Poderia ter renunciado [antes da cassação] e seria eleito em seguida, mas não seria correto, eu precisava me defender. Eu devia isso ao presidente Lula, ao PT, ao país e à história.”

? “Não sou contra que a sociedade me cobre [sobre os processos em que está envolvido], só não quero ser prejulgado.”

? “Uma pessoa como Ciro Gomes me daria apoio se eu fosse corrupto?”

? “O caixa 2 continua existindo no Brasil, de forma hipócrita.”

? “[Ao escolher José Alencar como vice] o PT mudou; se dispôs a fazer uma aliança com o empresariado pela produtividade nacional.”

? “O Brasil, com o presidente Lula, reencontrou-se com a sua história.”

? “Nós temos uma obra e propostas para apresentar ao país [na eleição de 2010].”

? “O Brasil, de certa maneira, precisa de uma [nova] Constituição.”

? “Reforma política não sai na Câmara; não sai.”

? “Uma parte da mídia está envolvida em uma campanha contra o governo.”

? “Me falaram que a Dilma não tem carisma… quem tem, o Serra?”

? “A razão estava conosco: do ponto de vista legal, moral e político.” [Sobre as ações armadas contra a ditadura militar]

? “Eu não sou da paz, eu sou da guerra; se eu fosse não paz eu não estaria vivo.”  [Com os microfones já desligados, depois de ter respondido a algumas acusações que o militante petista Ozeas Duarte lhe fez, em entrevista ao O POVO, em 24/8/2005.]