O ensaísta alemão Anselm Jappe, autor de “As aventuras da mercadoria” e “Guy Debord” [editora Antígona] estará hoje [segunda-feira, 5/9] em Fortaleza. Às 18h30min ele participa de um debate no auditória da Reitoria da UFC.
O título: “Fetichismo, crítica radical e emancipação”.
Jappe é um dos teóricos que animam o grupo Crítica Radical, cujos coordenadores no Ceará são a ex-prefeitra de Fortaleza Maria Luiza Fontenela, a ex-vereadora Rosa da Fonseca e Jorge Paiva.
O grupo decretou a “morte do capitalismo” e não se enquadra em nenhum dos grupos políticos em atividade – pois acha que todos jogam água no moinho do capital.
Antigos militantes de partidos políticos e sindicatos, hoje eles renegam a política a e ação sindical tradicionais – e não vêem como superar o capitalismo atuando no marco dessas estruturas.
Fazem uma leitura original de Karl Marx, divergente da maioria dos comunistas, baseados nos “Grundrisses” [rascunhos] que Marx escreveu e lhe serviram de base para a sua portentosa obra “O Capital”.
Nesses rascunhos do barbudo e furunculoso teórico [“Espero que a burguesia se lembre de meus furúnculos até o dia de sua morte”], a Crítica Radical pensa ter encontrado uma espécie de Santo Graal comunista percebida por poucos: de que o fetiche da mercadoria não é algo abstrato, mas real [estou simplicando e, talvez, errando].
De qualquer modo, se quiserem saber mais, escrevam “grundrisse fetiche” no Google, ou leiam a entrevista com o título O profeta do caos, que Jorge Paiva deu ao O POVO em dezembro de 2008.