Apesar de a prefeita Luizianne Lins ter dito que o erro no bloco K do Hospital da Mulher, que está cedendo, é notícia “requentada”, o negócio está rendendo.
Na matéria publica hoje pelo O POVO, a construtora Planova S/A nega ter havido problemas técnicos nos “procedimentos da construção” e que o problema teria sido o solo.
O afundamento da obra teria sido causado pela “falta de homegeneidade” do solo.
Ora, mas um construtor não tem de verificar as condições do local onde vai erigir uma obra? Culpar o solo pelo problema é o mesmo que um jogador de futebol reclamar que a bola o está atrapalhando.
A questão é que a prefeita já disse que será a construtora a arcar com os prejuízos decorrentes da falha. A Planova, pelo que diz a matéria do O POVO, parece não estar muito disposta a pagar o conserto, diz que vai esperar o relatório que o Crea deve divulgar na próxima teraça-feira.
Bom, eu não sou técnico no assunto, mas parece meio óbvio que, a partir de um projeto, os engenheiros responsáveis por determinada obra têm de avaliar as condições do terreno em que ela será construída: uma resposabilidade que deveria ser inalienável.
As responsabilidades legais do construtor variam em pelo menos 5 anos, dependendo dos itens. Segundo o Código do Processo Civil. Não existe esta de não ser responsável. São reponsaveis consolidários, os projetistas, os construtores, os ficais e os contratantes. Em alguns casos esta co-responabilidade se amplia aos investidores. Vide a jurisprudencia firmada no Caso Sérgio Naya, dos edificios que se “esfarinharam” no Rio de Janeiro.
Sergio Naya Tornou-se nacionalmente conhecido depois do desabamento do edifício Palace II,no Rio de Janeiro.
A Construtora Sersan, empresa em que Naya era o principal acionista,[5] porém não era o engenheiro responsável, construiu o edifício e foi acusada pelo Ministério Público de negligência por supostamente ter usado material barato e de baixa qualidade na construção do prédio. A empresa já havia sido processada quatro vezes antes do desabamento pela má construção, que impediu a obra de receber o habite-se.
Segundo Naya: “se areia de praia desse concreto, mesmo de baixa qualidade, não haveria mais praias no Rio de Janeiro, pois não dá liga para o concreto”.
Retirado da Wikepedia
O Presidente do CREA, Eng. José Salvador da Rocha afirmou aos jornais que o projeto está 95% errado e que deve ser refeito. Uma excesso de gentileza do Professor Salvador. Já que o indice de erro em 95%, para qualquer bom entendedor, mesmo o mais leigo, significa que o projeto está totalmente errado.
Mas isto não exime o construtor do erro. Quanto ao proprietário que contratou, recebeu e atestou um projeto com 95% de erro, o caso é gravissimo. Trata-se de improbidade administrativa. Com a palavra o Secretário Luciano Feijão da SEINF, responsável pela contratação, receimento e atestado do projeto 95%.
Outros furos: não existem as placas dos projetistas, dos reponsáveis técnicos pelas obras do Hospital da Mulher, nem pelo fornecimento de equipamentos de montagens e outros, como recomenda a legislação vigente. Cabe aí uns autos de infração pelo CREA/ CE.
Quando a obra foi iniciada a mesma não havia sido verificada quanto a sua adequabilidade à legislação e competentemente licenciada pela pela SEMAM/ Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano, que depressinha depois da descoberta deste “pequeno erro” tratou logo de emitir um álvara de construção.
Existem também erros na formatação e aprovação legal da Operação Urbana Consorciada Joquei Clube que permitiu a construção do Hospital e consequente liberação do restante da área para que os investidores façam, em algum tempo, um grande condominio residencial e comercial ali.
muito bom
É perseguição a prefeita, toda obra nesses pais dá problema, mas as únicas que são criticadas são as da prefeita. vamos ajudar a construir que a sociedade agradece, ok bando agourentos?
Vamos manter o debate em bom nével se isto possível. Sem esta de ataques impensados e incognitos. Se existem argumentos, muito bem: os exponham. Se não existem, não convém fulanizar o debate.
Mas que fique claro: nada justifica as irregularidades em todas as obras em “realização” (Entre aspas mesmo) da Administração Municipal, sem exceção e o que vem sendo comentado tanto na Camara como em todos os jornais locais. Nada de jogar os erros para debaixo do tapete.
E sem esta de comentar sob pseudonimo. Medo do que? Não existe nada que justitique isto também.
Caro Plinio
Sempre estou chamando a atencão dos que que postam com pseudonimo ou querem inverter os temas. Só isto. Por mim vc pode deixar passar os mesmos, que em geral dá para fazer um contraponto. Em geral os argumentos, desta origem, estão mais para adjetivos.
Cordialmente
PS Minha sugestão é para um incomodo pessoal que imagino seja também seu, que o problema das “calçadas ausentes” em nossa cidade, desde o mega ícone da ausencia integral de cidadnia que é a Av. Gomes de Matos à qualquer outro lugar desta cidade.
Meu Caro Plínio
O Sindicato dos Médicos está organizando um grande seminário sobre “Álcool, Drogas e Violência” para o primeiro semestre de 2010, com nomes nacionais para podermos envolver nossas autoridades para a elaboração de políticas públicas na redução daquilo que considero a grande epidemia do atual século. Já temos o aval do Presidente da Assembléia Legislativa, do Presidente da Câmara Municipal, do Presidente da UNIMED e de outras instituições que estão preocupados com este problema de saúde e de segurança pública. Gostaria de conversar com vc sobre tal seminário, mas não sei como lhe encontrar.
Um abraço
José Maria Pontes – Pres. do Sindicato dos Médicos