Mesmo com a decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], que extinguiu a necessidade do diploma de graduação para o exercício da profissão de jornalista, a concorrência para o curso continua alta na UFC [Universidade Federal do Ceará].
A graduação em Jornalismo está em 8º lugar entre os cursos mais concorridos da UFC, sendo cada vaga disputada por 16,5 estudantes. São 824 inscritos concorrendo às 50 vagas para 2010.
É interessante observar que cursos, até pouco tempo considerados “menos nobres”, estão com concorrência bastante alta, como é o caso de Gastronomia, com 17,6 candidatos para uma vaga – o quarto mais procurado – disputa maior do que para o curso de jornalismo.
Ou seja, tem mais gente querendo ser cozinheiro do que jornalista. Ponto para o presidente do STF, Gilmar Mendes.
O curso menos procurado é o de Engenharia de Materiais [Cariri], com 0,9 candidato por vaga. Ou seja, cumprindo a exigência mínima, todos os inscritos serão aprovados – e ainda vai sobrar vaga.
Os mais procurados
1. Medicina [Barbalha] – Concorrência: 26,1 – Inscritos: 1,568 – Vagas: 60
2. Psicologia [Fortaleza] – Concorrência: 20,1 – Inscritos: 1.606 – Vagas: 80
3. Fisioterapia [Fortaleza] – Concorrência: 18,0 – Inscritos: 719 – Vagas: 40
4. Gastronomia – Concorrência: 17,6 – Inscritos: 705 – Vagas: 40
5. Direito [Fortaleza – Diurno] – Concorrência: 17,4 – Inscritos: 1.737 – Vagas: 100
6. Comunicação Social [Publicidade e Propaganda] – Concorrência: 17,2 – Inscritos: 861 – Vagas: 50
7. Medicina [Sobral] – Concorrência: 16,8 – Inscritos: 1.009 – Vagas: 60
8. Comunicação Social [Jornalismo]- Concorrência: 16,5 – Inscritos: 824 – Vagas: 50
9. Enfermagem- Concorrência: 15,8 – Inscritos: 1.261 – Vagas: 80
10. Educação Física/ Licenciatura [Fortaleza] – Concorrência: 15,6 – Inscritos: 782 – Vagas: 50.
10. Medicina [Fortaleza]- Concorrência: 15,6 – Inscritos: 2.499 – Vagas: 160
Os menos procurados
1. Engenharia de Materiais [Cariri]- Concorrência: 0,9 – Inscritos: 45 – Vagas: 50
2. Letras/Espanhol [Fortaleza] – Concorrência: 1,6 – Inscritos: 82 – Vagas: 50
3. Física/Licenciatura [Fortaleza – Noturno]- Concorrência: 2,1 – Inscritos: 105 – Vagas: 50
4. Letras [Português-Alemão – Fortaleza/- Concorrência: 2,4 – Inscritos: 47 – Vagas: 20
5. Matemática/Bacharelado [Fortaleza]- Concorrência: 2,5 – Inscritos: 113 – Vagas: 45
Observem como poucos estudantes buscam o bacharelado, como física e matemática, isso mostra a desvalorização da profissão e se reflete na falta de professores dessas disciplinas nos ensino fundamental e médio.
Sr. Plínio,
o graduado em gastronomia não necessariamente tem que ser cozinheiro. E lembro que o curso é novo, diferente do que o sr. faz entender em sua matéria.
Outro ponto importante: a Licenciatura é a exigência para professores e não o bacharelado. A baixa concorrência não é fruto de desvalorização da profissão. Afinal, sabemos que matemáticos e físicos escolhem onde vão trabalhar e quanto vão ganhar. O problema é o lobby das instituições de ensino que vedam os olhos de seus vestibulandos para o futuro profissional… Afinal, a propaganda é bem maior se o aluno passar em 1o em Medicina ou em Direito, do que em Matemática. Pense nisso!
Jade,
O “cozinheiro” foi apenas uma brincadeira: você deve ter acompanhado o polêmico julgamento que pôs fim à exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão – e cozinheiro é uma profissão honrada como qualquer outra. A propósito, Uma vez vi um famoso “chef” dizendo que preferia preencher o item “Profissão” nas fichas de hotel simplesmente como “Cozinheiro”. Quanto ao curso, não disse que ele era “novo” ou “velho”, mas que, antes, profissões desvalorizadas pela classe média – tanto é que até poucos anos atrás só havia curso profissionalizante de gastronomia no Senai – agora se tornam “nobres”; ganham o status de curso universitário, com grande concorrência. O que eu considero algo auspicioso.
Talvez por isso o diploma esteja sendo questionado. Quem vai escrever uma matéria não deveria ser tão simplista e fazer uma brincadeira tão sem garça assim.
Plínio,
Muito grosseira a sua afirmação em relação aos formados em gastronomia. Não sou ligada a essa área, mas fiquei abismada com a chamada “tem mais gente querendo ser cozinheiro do que jornalista”. Seria o mesmo que colocar um profissional formado em estilismo e moda como costureiro. Sinceramente parecia a chamada do Datena e apresentadores afins! Se você quer ser levado à sério como jornalista, não faça “brinadeiras” como essa.
Quem escreve para um meio de comunicação tão importante e sério como é esse jornal, ao meu ver, é interessante que tome cuidado com chamadas tendenciosas como essa. COmpromete até mesmo a seriedade do profissional e questão.
Demérito algum ser cozinheiro, mas esse não é o cerne da questão. Pelo que você publicou, acredita que gastrônomos e cozinheiros são a mesma coisa, isso é, profissões “inferiores”. Caso contrário não teria usado essa chamada sensasionalista! Mais lamentável que essa notícia é a sua posição tentando se eximir do preconceito que sua matéria carrega.
O interessante é que, para alguém ter o direito de ser chamado de Gastrônomo (e não de cozinheiro), precisa ter o diploma de nível superior. Já para ser jornalista…
Talvez seja por isso que as exigências para quem quer ser escrevinhador sejam cada vez menores.
Pelo amor de Deus pessoal, acho que nenhum de vocês entendeu o que o Plínio quis colocar! Entendi perfeitamente a colocação do texto, fazendo menção á decisão do STF. Qualquer profissão desde que feita com seriedade e ética deve ser respeitada, mas o preconceito está presente na mente das pessoas de forma que interpretam o texto da forma que de maneira totalmente distorcida. E Chico Alves, e as exigências estão cada vez menores pelo fato dos leitores estarem cada vez mais superficias. VIVA OS JORNALISTA POR FORMAÇÃO!
Mayara Oliveira, estudante,ORGULHOSA diga-se de passagem, de JORNALISMO!
CORRIGINDO…
Pelo amor de Deus pessoal, acho que nenhum de vocês entendeu o que o Plínio quis colocar! Entendi perfeitamente a colocação do texto, fazendo menção á decisão do STF. Qualquer profissão desde que feita com seriedade e ética deve ser respeitada, mas o preconceito está presente na mente das pessoas de forma que interpretam o texto de maneira totalmente distorcida. E Chico Alves, e as exigências estão cada vez menores pelo fato dos leitores estarem cada vez mais superficias. VIVA OS JORNALISTA POR FORMAÇÃO!
Mayara Oliveira, estudante,ORGULHOSA diga-se de passagem, de JORNALISMO!
“””””””””””É interessante observar que cursos, até pouco tempo considerados “menos nobres”, estão com concorrência bastante alta, como é o caso de Gastronomia, com 17,6 candidatos para uma vaga – o quarto mais procurado – disputa maior do que para o curso de jornalismo.”””””””””””
DESDE QUANDO A GASTRONOMIA É UM CURSO “MENOS NOBRE”? É UM CURSO CARO, CURSO MUITISSIMO CONCEITUADO EM TODO O MUNDO. É UM CURSO ABRANGENTE, RICO EM CARACTERÍSTICAS CULTURAIS, ARTISTICAS, PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS. E SIM, SÓ ESCLARECENDO… QUEM FAZ GASTRONOMIA SE FORMA GASTRÔNOMO (NÃO COZINHEIRO).
É, não gostei muito do termo “cozinheiro”, mas entendi a brincadeira.
Essa página foi bem útil pra mim, que vou prestar essa faculdade.
Moro em São Paulo e não tenho família no Ceará, mas quero fazer o curso aí. A culinária nordestina é muito variada, na minha opinião a melhor do Brasil.
Pra mim o curso não seria concorrido, mas agora vejo que é melhor estudar mais rs
Toda profissão é digna; médico, cozinheiro ou costureiro, o importante é o respeito com a profissão e com aqueles que irão usufruir desse profissionalismo. O mais importante é o profissional se sentir feliz realizando o que aprendeu, e gosta.
Cleto de Castro – vereador de Palmacia-ce