O Le Figaro passou a cobrar por parte de seu conteúdo na internet, como vêm fazendo vários outros jornais. O diário francês lançou na terça-feira (16/2) três pacotes de acesso ao seu acervo jornalístico pela web.
Um gratuito oferecendo as principais informações para o leitor. Outro intermediário, custando oito euros por mês [cerca de R$ 28] com acesso a conteúdo como reportagens. O pacote mais caro chamado de “Business” custa 15 euros por mês [cerca de R$ 37] contendo serviços destinados a facilitar a vida profissional.
Os assinantes ganharão uma página pessoal com capacidade de guardar artigos que tenham gostado e poderá comentar e compartilhar opinião com outros internautas.
O jornal oferecerá ainda acesso aos seus arquivos e uma seleção de artigos escritos pelo New York Times francês.
Plínio, talvez por lá aconteça o mesmo que por aqui: a queda contínua da venda de periódicos.
Não sei se isso pode compensar a perda financeira, pois há vários blogs, no caso brasileiro, que disponibiliza o conteúdo do que é editado nos jornais e revistas.
Até o governo federal criou uma página (http://clippingmp.planejamento.gov.br/), onde faz um filtro (não resumido) do que é destaque na imprensa. Enfim, quase não se precisa comprar mais jornal impresso nem revista. (Embora, no caso, do jornal, o papel sirva para limpeza de janelas e portas de vidro…)
Feliz cada novo dia…
Caro Leonardo,
No caso do Le Monde, as tiragens estão aumentando. Li uma entrevista da editora do jornal, Sylvie Kauffman no caderno “Mais”, da Folha de S. Paulo [domingo, 21/2/2010] em que ele mostra isso. Mas, de fato – de modo geral – a circulação dos jornais vem caindo. Agora, discordo que ler um resumo é o mesmo do que ler uma notícia, de modo aprofundando. Creio que existe – e existirá ainda por um bom tempo – espaço para a internet e para os impressos.
O link para a matéria com a editora do Le Monde: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2102201008.htm – se não tiver acesso me avise que eu lhe mando uma cópia via e-mail.
Abraço,
Plínio
A necessidade dos jornais de conviver com os novos suportes tecnológicos é inevitável. A estratégia do Le Figaro pode não ser muito rentável para os jornais cearenses. Apenas estudos sobre o público alvo pode dar um prognóstico da rentabilidade. O jornal trabalha com algo intangível, mas que exige das empresas do setor uma gestão eficaz dos recursos materiais e humanos.