Não foi somente o fato de ser um nordestino de Fortaleza e ter orgulho de sua terra que motivou o linguista Daniel do Nascimento e Silva a refutar em sua tese de doutorado a imagem do Nordeste retratada pejorativamente por segmentos da mídia impressa no Brasil. Sua pesquisa, apresentada no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, teve como uma das principais conclusões a de que o Nordeste é apresentado na mídia como um território do passado, violento e da fome, no limiar entre a vida e a morte. E foi justamente este limiar que mais chamou a atenção de Silva, justamente porque, segundo o linguista, os nordestinos, estando nesta zona limítrofe, apresentam-se como possibilidade de crítica aos princípios desiguais da modernidade, pautada numa ideia de vida que triunfa sobre a morte.
A tese, orientada pelo professor do IEL Kanavillil Rajagopalan, alinhava o tema tomando como amostras dois jornais de São Paulo e um do Rio de Janeiro, além de uma revista de circulação nacional. Por vezes, o autor se amparou em outras mídias, como o Portal Centro de Mídia Independente, para obter dados subsidiários. Silva fez uma pesquisa documental. Trabalhou ainda com um corpus paralelo: o corpus literário, que se justifica, conforme o autor, para tentar compreender as condições históricas da inteligibilidade do Nordeste, uma memória que deve ser recuperada. Empregou ainda algumas renomadas obras literárias de autores que mostram o surgimento da figura do nordestino. São elas, dentre outras, Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e A Fome, de Rodolfo Teófilo, as quais ajudaram a dar sustentação a um capítulo especial sobre a história do Nordeste.
[Os dois parágrafos acima são reprodução de texto de Isabel Gardenal, para o Jornal da Unicamp. A foto é do mesmo jornal, de Antonio Scarpinetti. Para ler o texto completo clique aqui.]
Interessante ver que as pessoas não conseguem nunca ter uma visão da verdade total. Não que eu acho que tenha, mas pelo simples fato de termos visões diferentes sobre o mesmo assunto e termos certeza de que nossa visão e’ a certa já nos mostra que estamos longe da verdade, porque a verdade leva a todos a terem a mesma visão, sera’?
O sistema da posse, da riqueza, leva o homem a esquecer a realidade, caminhamos num mundo virtual, que começa de diamantes, casas, barcos, aviões de alto luxo e acaba num fogão melhorzinho, numa bicicleta de marcha. O homem para ser o bom tem que ter, tem que se comparar com o que não tem e ai vem o desprezo a irracionalidade a virtualidade.
Mas “o Nordestino `e antes de tudo um forte”, quem pode ver, viu.
A discriminação começa com a virtualidade, a virtualidade se confunde com a superioridade e’ apenas o efeito de uma doença que parece que não conhecemos, não e’ causa, e’ efeito.
A causa e’ a base da sociedade em que vivemos, uma sociedade do ter, da falta de fraternidade, da solidariedade, uma sociedade virtual e nisso nem pensamos, existem filósofos neste pais?
Fred
Olá professor andei pesquisando e encontrei vários artgos seus publicados na internet, entre eles,este que trata da forma preconceituosa com que a mídia se refere ao nordestino.
Abraço,
ELIENE.