De Felipe Lima, recebi o texto abaixo e a foto ao lado:
«Enquanto vemos toda semana que Fortaleza é terra de ninguém, é interessante observar que alguns tentam se apropriar dela por usucapião. Os vigilantes de veículos do entorno do Dragão do Mar, que já aderiram à modalidade pré-pago, agora possuem um comprovante para evitar o pagamento em duplicidade. Fantástico, não? Segue foto do tíquete do prestador de serviço. Ele só esqueceu de colocar o brasão da Prefeitura ou do Governo do Estado pelo serviço público que está oferendo e o telefone da Ouvidoria para o caso de reclamações.»
Matéria no O POVO, com pauta sugerida por este post: Cobrança ilegal nas ruas do Dragão. [Incluído às 9h22min de 21/5/2010]
É um absurdo! Eles querem mandar nas vagas de estacionamento. Áreas públicas! Lembro de uma vez que fui ao Dragão do mar, estacionei o carro(nenhum flanelinha no local) e fui ver um espetáculo no teatro. Na volta um deles me abordou.O homem estava de muletas, eu juntei umas moedinhas, pois estava com pena do sujeito e as entreguei. No entanto ele disse que eu tinha que pagar R$ 2,00 pelo estacionamento na maior cara de pau.
Fora que se você estacionar em um local proibido eles ainda te dão a maior força, dizendo que a AMC não vai multar…a AMC multa eles vão lá retiram a notificação do parabrisa do seu carro e quando você chega, ainda pedem o dinheiro pelo estacionamento e saem na maior tranquilidade e você pensando estar tudo bem…
Isso deveria acabar e haver uma fiscalização por parte das autoridades.
Sem falar no absurdo de vc pagar 5 reais pra deixar o carro na rua… E se roubam? Procura ele lá, pra ver se ele te conhece ou viu alguma coisa.
É intolerável a abordagem desse tipo de “serviço” à qualquer cidadão de Fortaleza. Isso não acontece só Dragão do Mar, más em vários outros locais. O pior é que existe vários marginaia infiltrados nessa classe de trabalho informal, que vendo recusa do motorista, pratica riscos na pintura, etc. Absurdo!
A própria existência do flanelinha é um desserviço. Se é coagido a pagar por proteção, às vezes com ameças, o que já caracterizaria a atitude como extorsão. Quando não se é abordado ao chegar, é cobrado, ao voltar, a pagar por um serviço que não foi contratado nem solicitado… Corre-se ainda o risco de chegar e não encontrar nem carro nem flanelinha e não ter a quem recorrer, uma vez que o Estado usa a existência do flanelinha como pretexto pra omissão na prestação de serviço de segurança pública.
Uma pá de crimes (extorsão, apropriação de espaço público, cobrança indevida) ocorrendo com anuência do Estado. Ainda, não conheço um prestador de serviço que receba antecipadamente, antes de executar o que se foi contratado.
Fosse o Brasil um país sério e esta “profissão” (entre aspas mesmo) já estaria abolida. Daqui a pouco, vamos permitir que chegue ao ponto de como é em São Paulo ou no Rio, com flanelinhas cobrando até 10 reais por “vigiada”.
É um absurdo a coação por qual passamos com a presença dessa nova “instituição” em nossa cidade. A “flanelagem” como gosto chamar a atividade nada regulamentada desses pobres coitados que pensam estar “trabalhando” deveria ser passível de punição. Se apropriam de espaços públicos, geram medo com suas ameaças e pelo que sei… cobram até dez mil reais por “pontos” valorizados como Beira Mar e Dragão do Mar.
é um achaque. somos intimidados por esses sujeitos, que se utilizam do espaço público como meio privado de sustento deles. a nota do jornal foi deveras eufemística. esses sujeitos exigem os cinco reais para parar na rua. e o poder público absolutamente nada faz. é necessário que a mídia vá mais além em sua atividade jornalística, e reporte os abusos cometidos por esses sujeitos.
Eh Plínio, só você mesmo para ser nossa voz nesta caótica cidade. Reconheço o papel da foto. O mesmo flanelhinha me abordou quinze dias atrás e foi logo pedindo os R$5. Como não entrego o espaço público da minha cidade para zé-ninguém, retruquei que pagaria na volta. E ainda insistiu e disse que eu “deveria” deixar pelo menos uns R$3. Respondi que não. Daí, fui curtir meu sambinha e retornei para o meu carro. O pretenso novo dono das ruas da cidade se aproximou e recebeu calado R$1. Qual ilusão a minha, no outro dia, vi que meu carro foi riscado pelo zeloso bandido. Mas é um guerra, e como cidadão não vou dar por perdida. Logo irei a uma delegacia prestar queixa e também comunicarei a competente viatura do Ronda. Abs.
Observem o colete que esse pessoal usa. Se não me engano, tem o nome e um crachá, que é “patrocinado” ou algo assim por esse vereador de Fortaleza. Pois bem, observem o nome, anotem e procurem contato, nem que seja por e-mail com o dito vereador, pois, pelo que me consta, este político promove palestras orientativas de como esses flanelinhas devem abordar os cidadãos. E posso dizer que nada tem a ver com a maneira que estão fazendo, coagindo os motoristas.
Tenho dito.
O “servico” dos flanelinhas é irritante. Concordo plenamente.
Mas deprimente mesmo é ver como Fortaleza é desigual e como seu povo é dividido.
É deprimente ver que as pessoas só vêem a parte do problema que lhes toca, ignorando completamente o exército de indivíduos que vivem do subemprego em Fortaleza e as consequências óbvias disso.
Como tem gente pobre, lascada, pra num dizer coisa pior. Mas ninguém liga enquanto nao é importunado d i r e t a m e n t e. Às vezes nem assim.
Se metade dos motoristas importunados pelos flanelinhas acompanhassem o trabalho do vereador em quem votou, ou pelo menos lembrassem o nome dele, o servico público seria muito melhor e a atuacao de qualquer um em vias públicas seria fiscalizada.
Mas isso é mais complicado do que fazer pose de indignado e falar mal do Brasil. Aliás esse negócio de dizer que o Brasil nao é sério é um câncer em metástase em todos os fóruns de discussao, seja sobre o que for. Esse Brasil que nao é sério deve ser em Plutao, porque eu nunca vi um cristao só defender esse país. Só se fala mal.
Já entrar no mérito e entender que flanelinhas, assaltantes, pedintes só vao parar de incomodar quando houver distribuicao de renda e de cidadania é demais pra cabecinha da maioria. Fora que estas coisas requerem muita coragem civil e a classe média de Fortaleza nao tem nenhuma.
Isso ficou evidenciado mais uma vez nos comentários acima, de pessoas que nao enxergam um palmo à frente do nariz. Aliás, enxergam sim. Até a distancia do próprio umbigo elas enxergam muito bem.
Só posso concluir que as condicoes em que se vive em Fortaleza sao nao só justas como também merecidas. Quem nao se importa em ver roubada a comida destinada a criancas famintas vai se importar com o quê?
É revoltante uma situação dessas mesmo. Muitas vezes eu prefiro pagar um estacionamento privado para não ser abordado por um e ainda correr o risco de ter o carro marcado ou coisa pior. Sem contar que alguns ficam em locais como restaurantes e olham pra vc como se você tivesse obrigação de pagá-los. UM ABSURDO!
Não é serviço público que o flanelinha executa. é serviço particular em local público, sem a competente concessão. Isso demonstra mais uma vez o descaso de nossa administração com a coisa pública que deveria estar a serviço do povo.
O Dragão do Mar ajudou a salvar a sociedade da escravidão, esta na hora da sociedade ajudar a salvar o Dragão do Mar. Precisamos de um movimento organizado para cobrar do poder publico e das empresas privadas que o exploram uma ação estruturada. Nâo é possível que uma área tão pequena não consiga ser organizada em várias esferas como segurança, limpeza, informação, iluminação. O poder público faz propaganda de lá como polo turístico, então esta na hora de mostrar que sabe preservar e manter. Que tal um dia pelo Dragão do Mar?
Galera, na boa, um flanelinha que recebe R$ 5,00 líquido reais por carro estacionado em seu território por está muitíssimo bem remunerado. Se é para sermos justos, vamos ver a pessoa que aluga um terreno para transformar em estacionamento e que cobra a mesma quantia. Ela tem que adequar o terreno, colocar uma entrada e uma saída, pagar impostos, assinar a carteira de seus funcionários e por aí vai. E caso desapareça algo de um dos veículos ela vai ter que arcar com o prejuízo. É justo?
Nesse ponto, é muito melhor ser flanelinha mesmo. E um cara que está passando fome não me parece articulado o suficiente para imprimir cartões plastificados que comprovam o pré-pagamento da taxa.
Mas concordo que uma prefeitura séria deve ter uma política agressiva de retirada e recuperação social de pedintes, crianças, mendigos e doentes mentais das ruas, bem como de regularização dos trabalhadores informais como flanelinhas e lavadores de carros.
Caro Plínio, que tempos… Agora manifestar uma indignação diante de uma extorsão é sinal de egocentrismo e insensibilidade social. Que tempos…
Os problemas do Brasil que são muitos não se resolvem com tapinhas nas costas de camaradagem. A suposta sensibilidade quanto ao quadro social dos desafortunados flanelinhas não justifica a conivência com o crime de extorsão praticado por eles.
Se emprego no Brasil está difícil, homem disposto a ganhar a vida de lero-lero “pastorando” carro sobra aos borbotões. Se de sua inércia, preguiça ou indolência resultasse a mendicância já seria indigno, mas o que nos sobra é a extorsão pura e simples, velada ou proclamada.
A verdade é que trabalhar dá trabalho. Horário a cumprir, condução a esperar, patrão a suportar. Procurar emprego também. A dignidade nunca foi presente de Natal, é um bem a ser conquistado.
O desemprego e a fome credenciam o sujeito a muitos atos, menos a apropriação do que não é seu ou a violência.
Há muitas mulheres largadas de marido, como dizia Vinícius, que vão do emprego doméstico à faxina diária na casa alheia na maior dignidade, na maior coragem e determinação, para garantir o seu sustento e o de seus filhos. E homens que se prestam a “pastorar” ruas ameaçadoramente com a conivência silenciosa do Estado que pouco faz para garantir a segurança pública.
Os dois são pobres e passam necessidade, mas quem de fato merece o apoio da sociedade?
Compaixão pelo drama social é outra coisa.
Que seu post vire uma bela matéria jornalística. O assunto precisa chegar à Secretaria de Ação Social do Estado e da Prefeitura, assim como à Secretaria de Segurança Pública. Conjuntamente e urgentemente.
Abraços, Veleiro.
Morei em Brasília um pouco mais de um ano e lá tem poucos que pedem dinheiro mas os poucos que pedem aceitam qualquer coisa. Porque se abusarem a polícia age mesmo. Saudades de lá!
Lima, não generalize o repertório de opiniões de um indivíduo por conta de uma única frase num comentário. Atribuir a outra pessoa uma desqualificação por opinião não manifesta é, acima de tudo, desonestidade intelectual. Da mesma forma que farei aqui, gostaria que fosse feito em relação ao que escrevo: argumentar em cima da mensagem e seu conteúdo, em vez de sobre o emissor.
Em nenhum momento escrevi algo que sugerisse que discordo da desigualdade social como motor de nossa insegurança e diferenças. Acredito que o verdadeiro processo de cidadania passa pela inclusão, com urbanização de áreas de risco, acesso à saúde e educação, incentivo ao trabalho formal…
Não concordo, porém, com a tentativa de diminuição da desigualdade baseada na permissividade no uso do espaço público, com o loteamento de nossas ruas com a anuência do Estado. Ou com o patrocínio de um vereador.
Não acho que a solução imediata de retirar os flanelinhas das ruas sem oferecer contrapartidas seja a ideal, mesmo que sua atividade não possa ser justificada legalmente e infrinja diariamente uma série de leis. O ônus social seria maior para ambas as partes, se o Estado não cuidasse de promover a segurança e, ao mesmo tempo, capacitar esta população em outras atividades produtivas, em vez de extorsivas.
Não se trata de ignorar a realidade do subemprego, mas de oferecer saídas rumo à formalidade.
Espero ter sido mais claro em relação ao que penso, desta vez.
Plinio, esse assunto é sempre motivo de grande revolta e não tenho mais a contribuir, tudo já foi dito.
Só acrescento que essa mesma prática acontece no teatro do Centro de Convenções. Nos 2 últimos shows que fui lá houve a cobrança dessa “taxa” e fiquei com medo de não pagar.
Lamentável.
Gabriel,
me desculpe, mas a expressao que vc usou foi infeliz. Eu duvido muito que o Charle de Gaulle tenha falado isso. É mais provável que alguém tenha inventado a estória pra usar como alegoria num desses artigos pseudo-jornalísticos.
A sugestao de abolir a “profissao” de flanelinha foi mais infeliz ainda, e contradiz a sua resposta. Além do mais, vc só viu o seu lado e falou como alguém que quer ver a parte que lhe atinge resolvida, sem dizer como vai ficar a outra parte. Vc nao quer ser importunado pelos flanelinhas, como eles vao ganhar a vida nao é com vc. É uma opiniao legítima, mas é mesquinha e egoísta. Além de ineficaz. Foi isso que afirmei porque é isso que se entende do que vc escreveu.
Veleiro,
bote no google: flanelinha morto a tiros. Depois faca aqui um relato sobre a vida de lero-lero, indolencia, preguica, sei lá eu mais o que…, que vc jura que flanelinha leva. Incrível como a grama do vizinho é sempre mais verde, mesmo que seja uma vizinho lascado.
Vc até tem razao em dizer que a opcao pelo crime é uma questao mais moral que social. Eu concordo. Até dei o exemplo do Sérgio Benevides, da merenda escolar de Fortaleza, que de desempregado e faminto nao tinha nada.
Se trabalhar dá trabalho, pensar também dá. É muito melhor entrar na onda e sair repetindo o que todo mundo quer ouvir.
Felipe,
achei a sua idéia muito massa. Esse é um problema sério que os jornais parecem ignorar completamente. A importância dá pra medir no número de comentários.
Essa coisa dos jalecos e coupons já prova que tem gente mais esperta no ramo se aproveitando pra socializar o trabalho e privatizar os lucros, como o resto da sociedade faz. Mesma coisa com as criancas pedintes. Brecht era um visionário…
Eu, particularmente, sou contra programas específicos. E acho que a geracao atual a gente pode esquecer: vao morrer nos semáforos, estacionamentos, empurrando carrinhos de material reciclável. A esperanca sao as criancas. De qualquer forma, um bom comeco seria fazer com que braços outros do Estado que nao a polícia comecassem a ter contato com a populacao pobre de Fortaleza.
Abracos,
Lima,
De qual onda você fala? O pensamento não deixa de ser legítimo pela quantidade de simpatizantes, nem passa a ser inteligente por ser inédito ou contrário ao pensamento comum à maioria.
Melhor voltar ao tema em discussão e não adjetivar o pensamento do outro como você tem feito com o Gabriel. Isso desqualifica suas considerações que, a priori, são interessantes.
Claro que é um sentimento burguês esse de levantar-se contra a atitude dos flanelinhas. Seria uma defesa simples da propriedade privada (o carro)? Seria resolver o que me incomoda e deixar que o Estado resolva o problema social, de preferência sem me incomodar novamente?
Há muitas razões para justificar a presença constante de flanelinhas nas ruas de Fortaleza. E o Estado e a sociedade precisam encontrar soluções para o drama social com emprego, educação e saúde pública, isso é óbvio. Mas a partir do momento que se instaura a agressão, a extorsão, a violência, é preciso que o Estado compareça e assegure a segurança pública. Do contrário voltaríamos à barbárie.
Se num primeiro momento o Estado tem que garantir segurança impedindo as extorsões diárias, num segundo momento tem que oferecer caminhos para uma vivência digna com tudo que a dignidade exige e precisa para ser digna. Num Estado ideal o poder de polícia só agiria nos casos excepcionais, após a garantia de uma vida digna, mas na atual circunstância é preciso agir nas duas frentes.
Mas ainda assim aparecerão alguns que se acham no direito de dominar o espaço público para conseguir alguma renda mediante ameaças… Mesmo com opções disponíveis para além da mendicância ou da violência. É que o homem é por demais humano.
Veja o caso de grandes milionários que mesmo sem precisar praticam seus delitos fiscais. A violência cotidiana que percebemos nos flanelinhas de determinados lugares é reflexo do drama social, mas não a justifica. Assim como as denúncias de desvio de dinheiro público não justificam a sonegação fiscal.
Há muito a ser discutido. O tema envolve muito mais complicadores, não podemos ter a pretensão de esgotá-lo.
Abraços.
Lima, Godot não vem.
Sua última frase foi bem relevante, mas você continua querendo interpretar o alheio por uma ótica tão preconceituosa quanto a que você afirma haver no outro. Se a grama do vizinho é mais verde, há também o provérbio do macaco que não olhava o próprio rabo.
O discurso é bonito mas, já que para ti as outras visões são mesquinhas, favor apontar aqui a sua visão de forma clara para a resolução do problema.
Eu acredito na sustentabilidade e em soluções de capacitação e encaro, sim, a cobrança ilegal como um problema que ultrapassa a mera questão do subemprego e da informalidade.
Veleiro,
me refiro, de forma geral, à onda de coitadismo na classe média, supostamente abandonada pelo Estado. É ela que leva as pessoas a falar contra os direitos humanos em nome da seguranca, por exemplo.
É um pensamento amplamente difundido mas é errado. A classe média nao foi abandonada pelo Estado, mas, o contrário.
A educacao e saúde públicas pioraram sensivelmente quando uma meia dúzia, nos idos de 60 e 70, comecou a colocar os filhos em escolas particulares e a ter planos de saúde só pra esnobar. Aí veio o efeito em massa e o resultado todo mundo conhece.
É exatamente a classe média quem se apropria do Estado pra enriquecer, que explora os empregados nas empresas, que suborna o guarda pra nao pagar a multa. É ela quem gera a massa de miseráveis, estes, sim, verdadeiramente abandonados pelo Estado, do qual só conhecem a chibata.
No caso dos flanelinhas, as pessoas se lembram que o Estado tem o dever de garantir a seguranca delas, o que é correto. O que elas esquecem é que o mesmo Estado tem o dever de garantir uma existência digna aos indivíduos da classe de baixo também, aí entra o conflito.
Os comentários anteriores ao meu primeiro, todos, só falam, direta ou indiretamente, em repressao aos flanelinhas. Se este pensamento nao é mesquinho, eu nao sei o que poderia ser. Nao vejo nada errado em deixar isso claro.
Gabriel,
eu tb nao tenho solucao a curto prazo. Temo que ninguém tenha.
Capacitacao é uma boa idéia. Eu sugeriria ir mais além e implantar escolas de 8:00 as 18:00 do maternal ao 3o ano, com café da manha, almoco e janta, com as matérias convencionais além de xadrez, handball, artes, eletrônica…
Isso tira do crime a sua mao-de-obra e garante que as criancas ajudem a educar os pais, já que o contrário nao é possível. Dá pra prevenir doencas diretamente através das criancas, dá pra ensinar a lidar melhor com o orcamento de casa e nao ser tao estragado, dá pra fazer maravilhas. Agora isso tiraria o dinheiro das Hilux com banco de couro, do aquário milionário, do estaleiro produtor de metal e de renda concentrada.
Esta é a solucao mais rápida. E muita gente sabe disso. Acontece que os caras também sabem que isso nao dá ibope. Aí entra o papel dos motoristas que nao acompanham seus vereadores e ficam só reclamando.
Fato é: nós ignoramos a formacao de favelas, o empobrecimento, e a degradacao do nosso povo durante décadas. As consequências disso nós nao estamos mais conseguindo ignorar. Entao temos que por a mao na consciência e comecar a reverter o processo de divisao da cidade em classes, já sabendo que vai levar tempo.
É nossa culpa, nao adianta fugir chamando polícia pra resolver! É minha opiniao, pelo menos.
Abracos,
Escrevi meu comentário aqui e ele simplesmente sumiu, porque? Não posso expressar minha opinião?????!!??!!!!!