Ele já percorreu milhares de quilômetros de moto pelo Brasil. Fala de suas viagens com encantamento. Diz que vai continuar com a sua Honda ML 125 ainda por muito tempo, declarando que ela é como uma extensão de seu corpo, confessando-se ainda enamorado pela máquina, depois de 26 anos de convivência.

Suas viagens renderam divagações filosóficas: “Minha ML vermelha ajuda a expressar o meu espírito libertário” –  e conselhos práticos que quem quiser se aventurar sobre mágicas duas rodas: com qualquer tipo de moto é possível viajar, afirma.

O cidadão entusiasmado é um senhor de 66 anos, que cultiva uma longa barba branca e já foi confundido com Papai Noel por uma criança desavisada, que não lhe notou a esqualidez, que o aproxima bem mais de outra figura mítica: D. Quixote de la Mancha, outro que tinha gosto pela aventura.

Ele é o fotógrafo José Albano, cujo livro recém-lançado terminei de ler agora [0:42:19, de 3/9/2010, segundo o relógio do computador], tendo começado por volta de 23 horas de ontem: Manual do viajante solitário – Rodando de 125cc nas estradas do Brasil. Portanto, não precisei nem usar o marcador de livro, imitando a película dos negativos de 35 mm das antigas máquinas fotográficas.

Imaginava uma obra com muitas fotos – e elas estão lá -, mas o que garante o livro, me desculpe o fotógrafo Albano, é a fluidez do texto, o que mostra que mostra a sua total habilidade com as máquinas que maneja: a que escreve, a que fotografa e a que o transporta.

Para comprar: R$ 45,00
Para falar com José Albano: jalbanobr@yahoo.com.br