Reproduzido do Observatório da Imprensa, edição de 12/9/2011.

Cuidado, um computador pode roubar seu emprego
Por Steve Lohr

“O time de Wisconsin parece ter todas as condições de vencer, já que lidera o jogo por 51 a 10 após o terceiro quarto. Wisconsin aumentou sua vantagem quando Russell Wilson lançou Jacob Pederson para um touchdown, aumentando o placar para 44 a 3…” Com essas palavras, começava uma matéria a news brief escrita nos últimos 60 segundos de um jogo de futebol americano entre o Wisconsin e o U.N.L.V., no início deste mês. As palavras podem não significar muito – mas foram escritas por um computador. O sofisticado código é obra da Narrative Science, uma empresa recém-criada em Evanston, no estado de Illinois, que oferece provas do progresso da inteligência artificial – a capacidade de computadores imitarem a razão humana.

O software da companhia armazena informações, como essa de estatística esportiva, relatórios financeiros de empresas e a evolução do mercado da construção civil, e as transforma em artigos. Há anos programadores vêm experimentando softwares que escrevem artigos, principalmente de eventos esportivos, mas esses esforços resultavam num estilo de formulários, de resposta a questionários. Era como se uma máquina os tivesse escrito. Mas o trabalho da Narrative Science baseia-se em mais de uma década de pesquisas, dirigidas por dois dos fundadores da empresa, Kris Hammond e Larry Birnbaum, co-diretores do laboratório de informações inteligentes da Universidade Northwestern, que tem ações da empresa. E os artigos produzidos pela Narrative Science são diferentes. “Achei que fosse magia”, diz Roger Lee, parceiro da companhia Battery Ventures, que investiu 6 milhões de dólares na empresa no início do ano. “É como se um humano o tivesse escrito.”

Leia o texto completo no Observatório da Imprensa.

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